segunda-feira, 26 de maio de 2014

Livros Entre Linhas: Contos de Meigan


Nome do Mundo: Contos de Meigan
Universo: A Fúria dos Cartágos
2°: AINDA NÃO TEM #LÁGRIMAS.
Dimensão: 618 páginas.
Criadoras: Roberta Spindler e Oriana Comesanha.
Data de Nascimento: 
BRA: 2011.
Trouxe aos Terráqueos Brasileiros: Dracaena 
Onde Obter: PDF COMPRAR.
Relatório Completo: Skoob
Sinopse: Meigan é um mundo diferente do nosso, morada de seres especiais e poderosos que se denominam magis. Na aparência são exatamente como nós, mas as diferenças não podem ser ignoradas por muito tempo. Os magis tem uma relação especial com a natureza e seus elementos, moldando-os a sua vontade e apoderando-se de sua força. Esses elementos, chamados mantares, não se limitam apenas aos conhecidos fogo, terra, ar e água. Existem muitos outros, como as sombras, o tempo e até mesmo o controle sobre o próprio corpo. Ter a capacidade de decifrar, entender e interagir com a natureza é um dos principais requisitos para a evolução de um magi. Para tanto, deve-se, primeiramente, entender que tudo faz parte da mesma manifestação natural e que toda matéria e energia estão inseridas em um processo dinâmico e universal. Contos de Meigan – A Fúria dos Cártagos começa com Maya Muskaf preparando-se para voltar para casa. Depois de três anos vivendo na Terra, o momento de retornar a Meigan finalmente havia chegado. Estava preocupada, pois algo afetava seu controle sobre os mantares, talvez algum resquício da misteriosa doença que a debilitou durante a infância. Com medo de estar novamente doente e para conseguir respostas, decidiu deixar de lado as diferenças com sua mãe, a principal governante do mundo magi. Voltaria a Katur, capital de Meigan, e pediria perdão por todas as brigas passadas. Assim, abandonou sua vida terrena e entrou na primeira caravana que encontrou. Entretanto, seus planos acabaram tomando um rumo muito diferente daquele que imaginara. No caminho de volta, os soldados que a escoltavam acabaram encontrando destroços e um corpo no chão. Logo que avistou o homem morto, com os cabelos tão brancos quanto sua pele e os olhos inteiramente negros, Maya soube que se tratava de um dos cártagos – antigos magis que traíram seu povo e por isso foram banidos para uma dimensão paralela. As implicações para tal presença em território magi eram gravíssimas e não demorou muito para que a garota e seus companheiros descobrissem que os magis traidores estavam tomando o Solo Sagrado e derrubado seus portões de defesa. Agora, em meio ao caos de uma violenta batalha, Maya vai precisar lutar para sobreviver e conseguir responder as perguntas que tanto lhe afligem. Como os cártagos conseguiram acesso ao Solo Sagrado? Onde estavam os guardiões dos portões, os mais poderosos guerreiros de Meigan? E, a mais importante de todas, conseguiria chegar a Katur a tempo de encontrar sua mãe?

Inicio a resenha dizendo que depois de ler Os Contos de Meigan, sua fé na literatura nacional será restaurada!

Depois de muito tempo apenas pegando esse livro na estante para tirar o pó, decidi dar uma chance, quando na verdade, foi o livro que me deu a oportunidade de ler uma aventura que guardarei com direito à Fangirlices.

(Tenho que parar com essa mania de enrolar todo início de resenha ~.~) POIS BEM, o livro começa com um ótimo prólogo que nos situa em seu universo e nos antecedentes da história. Eu agradeço muito aos autores que se dispõe a fazer explicações do tipo, pois não me agrada quando o livro começa já lançando bombas de enredo, sem pausas para entender e absorver nada. 

Right, sobre a mitologia da história: há muito tempo, desde a criação do mundo de Meigan, vivam clãs com poderes específicos de cada elemento/mantar, chamados Manacus. Eles eram extremamente poderosos na habilidade em que nasciam. Muitas guerras entre as tribos aconteceram, e com o passar do tempo novas raças foram surgindo, principalmente mestiços devido a união de membros de clãs diversos. Assim, deu-se origem a espécie dos Magis, seres com habilidades em mais de um mantar, mas não com a mesma maestria dos Manacus. And hold the calm que em algum momento esses nomes soaram naturais, believe me

Mais gerações se passaram e a barreira que separava os mundos se expandiu. Os humanos, mais conhecidos como Haims surgem causando muita guerra e destruição, exercendo seu dom mato. Foi um choque de armas bélicas com o poder dos mantares. As famílias que se uniram aos Haims ficaram conhecidas como Cártagos, algo que significa traidores. Por sorte,  Magis e Manacus decidiram unirem-se a fim de derrotar um inimigo comum. A solução foi criar uma barreira que expulsasse os humanos do mundo de Meigan. Assim, surgiram os Sete Portões localizados no Solo Sagrado.


Você sabe que o livro é bom quando faz parte dele.
Com o tempo, cada portal ganhou um Guardião para protegê-lo. Sendo criaturas altamente misteriosas, a Lei Sagrada determinou proibida, sob pena rigorosa, qualquer contato com eles. Por serem mascarados, muitos boatos diziam que suas faces ficaram deformadas devido aos poderes que receberam. Por isso era estritamente proibido olhar para um Guardião desmascarado. Enfim, os Cártagos se tornaram um povo sem terra, banidos do convívio com outros Magis. Mas o silêncio não combina com um guerreiro, principalmente aqueles com fome de vingança...

Eu achei tanto história e mitologia bem tecida e diversificada. Claro, em alguns detalhes vem àquela sensação de "já vi isso em algum lugar", principalmente se você já leu muita fantasia, mas nada que em sua maioria não seja criativo e em suma, inovador.

Somos apresentados logo de início a Maya Muskaf, uma Magi oriunda do mundo de Meigan (e vamos ler contos sobre ele, haha, parei), que por três anos viveu entre humanos no nosso mundinho chamado Terra. Seu objetivo aqui era simplesmente fugir de todas as responsabilidades que tinha em sua terra natal, principalmente por ser a filha da Shyrat, uma espécie de governanta, admirada por todos pelo seu alto cargo e competência. Mas como toda filha rebelde, Maya nunca almejou o cargo da mãe, pois teria de abdicar sua vida para resolver os problemas do povo.

Agora assim como Maya (cof, de volta para minha terra), vamos embarcar para Meigan! Ambientado em uma época bem medieval, lá as coisas quase funcionam como foi na Idade Média, excluindo o fato de que as escolas dos Magis os ensinam a controlar o quatro elementos. Fogo, ar, terra e água são os básicos, além de toda uma complexa relação envolvendo mente, espírito e comunicação com a natureza que só sábios dominam. Ultimamente, as aulas têm se tornado cada vez mais intensas, devido a invasão dos Cartágos, agora com tanta fome de poder quanto suas espadas de sangue. Para incrementar o problema,  ninguém sabe como conseguiram violar as Leis Sagradas e atravessar os Portões. E é neste contexto lindo que Maya volta ao lar.

Depois de muita trama a desenrolar, claro que Maya foi cobrada pelo Conselho de assumir seu posto de Shyrat. A protagonista ganha o prazo de 56 dias para mudar de ideia sobre sua relutância em assumir o cargo. A partir de então o livro me prendeu de tal forma que mesmo depois de 600 páginas, eu precisava de MUITO mais.

Maya, ainda em sua fase de impertinencia, resolve fugir da capital Katur, mas depara-se com o Guardião do Sétimo Portão, que mata o Cártago que a estava perseguindo. Desconfiado de que Maya esteja aprontando, o Guardião se dispõe a levar aquela irresponsável futura Shyrat de volta ao seu lugar. Mas depois de momentos não tão favoráveis, Maya acaba encontrando a casa do sábio Keyth, que me conquistou com suas piadas ruins e bom humor, mesmo com aquele ar piegas de Yoda.

Muita água rola a partir desse encontro. Os personagens vão se tornando mais próximos e a trama, mesmo se complexando, fica mais compreensível. Se é que fez sentido essa frase.

Mas até rosas têm espinhos! E o primeiro detalhe do livro que me incomodou foi a rapidez de alguns momentos, por exemplo, a morte de alguém muito querido para o personagem. Enquanto eu lia lágrimas e lamentações intensas, não consegui me sentir abalada pelo fato de não termos tido muito contato com o defunto, apenas menções passadas.  E falando em falta de aprofundamento, a meu ver, os pontos fracos da trama giram em torno disso. 

SIM, o prólogo no início foi de grande ajuda, mas foi só isso que temos de explicações passadas. Mesmo o livro já sendo um tijolo respeitável, eu realmente senti falta de mais conteúdo nesse sentido. Mas como será uma trilogia e só resta torcer para que isso seja sanado nos próximos livros.

A dos maioria dos personagens teve uma personalidade bem desenhada, e por mínimo que seja, cumpre alguma função no livro. Mas claro que há aqueles que se destacam <3 e este para mim foi o Sétimo Guardião, cujo nome vou privá-los de saber, kisses. Sua personalidade analítica, cega obediência naquilo que foi brutalmente forçado a acreditar e inocência quanto aos primeiros sinais de uma rebelião interna, lê-se rebeldia, reconhecendo que ser Guardião é muito mais que uma máscara e... Right, I'll stop. Apenas digo que não tem como não querer abraçar.

Sobre Maya, a protagonista, ela não me irritou nem me fez cair de amores. Houve momentos em que eu concordei e desaprovei suas atitudes, algo bem verossímil no mundo real. Maya possui uma cabeça dura, mesclada com uma personalidade decidida (pois não, não são a mesma coisa, OOOH) de quem vai atrás do que quer, seja estúpido ou certo. Foi ótimo ver o quanto ela evolui e começou a pensar em Meigan como sua verdadeira casa. 

MAS AH, O FINAL. Espero que as autoras expliquem melhor o que elas quiseram dizer com as últimas palavras, POIS EU NÃO VOU SUPERAR AQUILO TÃO CEDO.

Respirem, estou quase acabando. Mas sério, respire. A princípio, achei que se tratava de um livro com uma narrativa parada e forçada, personagens previsíveis e comecei a me lamentar por ter escolhido um livro tão grande, principalmente agora que meu tempo anda reduzido. Oh oh, sweet mistake. O livro provou seu valor, mostrando-se ser uma ótima leitura para fãs do gênero. A escrita das autoras realmente é o ponto alto. Fácil, suave, não muito descritiva e bem energética. Não há muitos momentos parados. Sempre terá um Cártago para matar, uma luta de treinamento para enfrentar e uma traição/mistério/calúnia para descobrir e contornar. Bolo recheado para quem anda de ressaca literária e não consegue prosseguir com nenhuma leitura, pois eu estava nessa situação.

Mas não concordo com comentários que dizem considerar Contos de Meigan num Guerra dos Tronos brasileiro. Há sim conteúdo e aventuras mais variados em relação a alguns livros nacionais que li. Acho que a frase soaria melhor se dissesse que o livro possui um potencial à la Guerra dos Tronos e mal vejo a hora para ver a comprovação disso.


Pandas. Vão. Dominar. O. Mundo.
Sobre a diagramação: páginas cremes, letras de um tamanho ideal E O QUE É ESSA CAPA??? Convence qualquer pessoa de comprar só pra ter na estante! E ela ganha um significado ainda mais especial no decorrer no livro. E SIM, EU VEJO UM PANDA NA MÁSCARA E NINGUÉM PODE NEGAR!

Não sei se consegui me expressar por completo, pois são muitos detalhes que quis mencionar. Espero que tenham gostado, e obrigada de coração você que chegou até aqui. S2 pra tu <3. (perceberam que o "s" nunca será proporcional ao dois? "S2" or "s2". Enfim, FOCO). BOAS NOTÍCIAS PARA QUEM JÁ QUER CONTINUAÇÃO: 



Eu fui na maior cara de pau irritar a Roberta, uma das autoras, sobre a chance de uma possível continuação. Sim, eu não presto. É ela foi super atenciosa e simpática, me respondendo e indicando a fanpage do livro: https://www.facebook.com/contosdemeigan. Viu quantas vantagens há de estar inteirado na literatura nacional <3


Primeiramente, o Banguela porque sim. Juro que quase dei nota 5, mas aquele final ainda me mata sempre que penso sobre, e tem uma cena que eu queria TANTO que acontecesse, mas minhas esperanças ainda não foram frustadas. E também porque necessito de mais explicações sobre o passado. Enfim, já escrevi demais aqui.



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