terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Asas da Loucura: Os Melhores de 2014



HEY MOCHILEIROS! 2014 foi um ano que merece várias definições, (vamos relevar aprofundamentos sobre, cof), mas é claro que houve seus melhores momentos, (em todos eles eu estava lendo ou dormindo, mas enfim), e hoje vou compartilhar com vocês quais foram os meus. HERE WE GO!

LIVROS
Depois de um saldo péssimo de apenas 35 livros lidos + 14 mangás, 2014 não foi um ano produtivo nesse aspecto, HUGE SHAME ON ME! Mas eu posso e vou jogar a culpa no Ensino Médio e no meu espírito nerdy incurável. Anyhow, o que os livros a seguir trouxeram-me eu pretendo levar comigo por muito tempo. Certo, parou fofurice e vamos logo com isso, (e isso é minha mente falando sozinha comigo através do teclado, ah, me ignorem):
*Lembrando que classificar esses livros seria como escolher entre comer um pote de morango com brigadeiro ou de brigadeiro com morango.*

Uma das minhas primeiras leituras do ano, os personagens me irritaram um pouco sim no começo, mas a escrita é tão bem tecida e os acontecimentos bem pensados que no final meu único sentimento era o de gratidão por ter tido a oportunidade de ler um livro que conta de maneira tão sensível e penetrante uma história sobre família e seus conflitos. Além do mais, Revolução Bolchevique nunca é demais <3





Esse livro não possui uma frase que não parece ter sido pensada e modelada. É aquele tipo de humor sarcástico, negro e desleixado, cujo autor não perdoa nada nem ninguém na hora de escrever piadas sobre. Além do mais, o drama familiar foi muito bem explorado e não há um foco específico, como por exemplo, no final passar apenas a mensagem de "aproveite sua família", NÃO, ele te sensibiliza em muitas outras áreas. Palavra de uma coração de pedra assumida. E vai ter filme \O

A MISSÃO
Este eu li agora no final do ano, mas garantiu seu lugar nesta lista. Esse livro é o segundo da trilogia Mundo Em Caos e se vocês acharam que ler Divergente era como ler adrenalina, HAHA, "You know nothing, Jon Snow". É tudo que eu tenho para falar. 
Mentira, tem mais. O jogo que o autor faz conosco usando a personalidade de alguns personagens é simplesmente estupenda! (Não sei de onde veio essa palavra, mas já que apareceu, deixe-a ai). Agonizante, esse livro tira qualquer esperança de tudo dar certo e te faz torcer para pelo menos saber qual desgraça irá acontecer dessa vez. Incrível, incrível!


Ressalto que foi um dos melhores livros nacionais/de fantasia que já li. A mitologia criada é interessantíssima e, na minha opinião, o que mais me conquistou foi a preocupação das autoras de situar o leitor na história e na ambientação do local onde a história decorre. Leiam a resenha, (PS: cheia de fotos bonitinhas), para entenderem o diferencial desse livro.

Sim, é um clássico da literatura brasileira. Sim, tive que ler para a escola. E sim, amei. Narrativa belíssima, diálogos épicos e convenhamos, um final aliviante mesmo que clichê, esse livro merece ser lido sem preconceito e sem cara de tédio.







Vocês sabem que eu sou a louca da Segunda Guerra, (hm, essa frase soou um tanto ambígua, mas relevem). Ler essa HQ foi de revirar o estômago e a consciência, e essa segunda é o exato motivo do porquê quero que o mundo leia e dê o devido valor.





MÚSICAS
Pensei na maneira que eu montaria essa categoria e na verdade ainda não decidi por completo, mas vamos fazer igual ouvimos músicas: Random, baby! Vou falar sobre as bandas que mais ouvi esse ano e ressaltar algumas músicas, por que não? Os cinco nomes abaixo simplesmente comandam minha lista de 25 músicas mais ouvidas, segundo o iTunes.

Provavelmente você fez uma cara de "QUEM?", mas tudo bem, perdoados. Para quem não conhece, Tom Odell é um cantor, compositor e pianista britânico e definitivamente arruinou minha vida. Tudo começou quando li a letra de uma de suas músicas e achei magnífica. Eu sinto uma admiração gigantesca por cantores que compõe as próprias letras, então quando descobri que esse era seu caso, haha, obsessão era uma palavra fofa para me descrever. Agora, a todo instante estou cantando trechos ou procurando entrevistas aleatórias. E houve uma época em que eu não conseguia ir dormir sem ouvir pelo menos uma música dele. E sabem o porquê dessa indicação ser tão estrondosamente recomendada? Por que eu NUNCA, ABSOLUTAMENTE NUNCA tive esse surto de fangirl por nenhum outro artista. Enfim, pecados confessados e dica dada (; PS: A PRIMEIRA VEZ QUE FOREM OUVI-LO, CERTIFIQUE-SE QUE VOCÊ SE ENCONTRA NO SILÊNCIO DA MADRUGADA E SOZINHO. De nada (:
Para começar:
°Can't Pretend
°Another Love
°Sense (o vídeo original)
°Grow Old With Me
°Heal
°Cover Video Games
°Sorrow


Essa banda irlandesa produz músicas espetaculares! Desde a singeleza das letras até o equilibro de melodias, eu me sinto inteiramente descrita pelo trabalho dessa banda. Não sei explicar direito, mas parece que é a minha personalidade sendo tocada, algo meio bizarro, mas ultrapassa o nível do "leu meus pensamentos". Está mais para um "compôs a partir de quem eu sou". Confuso, claro, afinal estamos falando de mim. Mas falando da banda agora, OUÇAM.
Para Começar:
°Next Year
°Sun
°Sleep Alone
°Cigarettes In The Theatre
°Undercover Martyn
°I Can Talk
°What You Know

Este despensa muitos comentários, não? Na verdade, nem sei o que falar sobre, apenas que eles não têm um álbum ruim sequer!, e mesmo nos vocálicos mais berrantes do Dave, espantosamente me acalmam. Enfim, I'm just skin and bones.



Eu sinceramente não ligo para o fato de Arctic ser considerado "modinha". Eu gosto, eu ouço, eu admiro e ponto final. Se há muitas ou poucas pessoas ouvindo, w-h-a-t-e-v-e-r. Okay, respirando em 3, 2, 1. Essa banda tem cada melodia arrebatadora, não há palavra melhor, e as letras são sensacionais. Não tem como ouvir e não sentir que aquilo é um pensamento ou sentimento extraído diretamente do coração/mente de alguém. A Isa, (aquela pessoinha que escreve comigo, lembram?), foi no show deles esse ano. Inveja? O que é isso?
Playlist:
°Cigarette Smoke
°Big Boys And Stolen Sweethearts
°Cover Love Machine
°Do Me a Favour
°Old Yellow Brick
°I Bet You Look Good On The Dancefloor
°Perhaps Vampire Is A Bit Strong But...


Confesso que não me apaixonei pela Lana de primeira. Levou um tempo até eu me viciar deliberadamente, e agora, as pessoas me vêem cantando "And I wish I was dead" mesmo no melhor dos meus humores. Confesso outra vez que acho algumas letras meio "Sou tão cega de amor que não consigo perceber o quão idiota sou", mas a melodia é perfeita, então eu perdoei. Eu gosto da voz da Lana, da maneira que ela canta, como se não se importasse que a música sugasse seu ar. E as letras, em sua maioria, são apaixonantes e intensas. Yeah, enough.


Playlist:
°Blue Jeans
°Lolita
°Young And Beautiful
°Cola

SÉRIES
Esse ano, comparado aos anteriores, foi bem produtivo para mim no quesito séries. Eu finalmente tomei vergonha da cara e comecei a mergulhar nesse universo maravilhoso e descobrir o que é passar dias sem conseguir fazer nada, a não ser assistir o máximo de temporadas possíveis! 

Game Of Thrones.
Fantasmas de todo o Brasil, vocês acreditariam se eu contasse que conheço essa série, tanto da TV quanto dos livros, desde 2011 E NUNCA TINHA LIDO OU ASSISTIDO? Não precisam querer me fuzilar, eu já fiz isso mentalmente mais vezes que o recomendado esse ano. (Espero que em algum lugar tenha uma lista que indique qual é o numero limite de fuzilamentos mentais para você ser considerado saudável). ANYWAY, ESSA DEVE SER UMA DAS MELHORES SÉRIES JÁ CRIADAS. Fatos óbvios aparte, mal espero para começar a devorar os "tijolinhos" que são os livros e saber de tudo sobre Westeros!


Skins.
Sim, esse foi um ano de tirar a vergonha da cara! Depois de passar ANOS vendo gifs no Tumblr e fotos do WeHeartIt sobre a série e nunca entender nada, em 2014 eu não só tirei a interrogação do cérebro, como também dei muitos surtos de fangirl toda vez que via algo relacionado! Passei a ter um carinho especial por cada geração e não importa quanto tempo passe, Skins é aquela série que fica viva na sua memória por ser tão intensa. (Só não queira viver uma vida skinídia, afinal, você vive em um mundo onde fígados não são invencíveis e dst's existem).



2° parte da 3° temporada de Once Upon a Time.
OUAT é uma série que acompanho desde o seu lançamento no Brasil e sempre foi uma das poucas que eu sempre assisti. No primeiro semestre, acompanhamos a trajetória da Wicked Witch of the West por Storybrooke e WOW, FOI ÉPICO! Mas, porém, contudo, entretanto, a maldição de Frozen infelizmente envenenou ao mundo. (Yup, sou anti-Frozen mesmo, prazer). A quarta temporada foi boring, parecia que o roteiro foi escrito às pressas e a série perdeu aquele ar de "detalhes que se conectam". Mas enfim.

MOMENTO MARCANTE (vou inventar uma sigla e chamar de "MM" por que eu posso)
Em 2014 tivemos A 23° BIENAL DO LIVRO DE SÃO PAULO, WOOOW! E teve encontro ÉPICO entre as blogueiras do Só Leitores Sabem, (vulgo a Isa e eu, cof). Desculpem não ter preparado post na época, mas lembrem-se: na dúvida, culpem o ensino médio e a metodologia de ensino brasileira. Melhor que 42.

Eu fui apenas no dia 24 de agosto e eu já levantei uma hora atrasada para o evento por motivos de ignorei o despertador :D Isso culminou para que eu me atrasasse para outros eventos, então eu não pude ver 98% das pessoas que eu queria ver. Isso ainda me dói, MAS eu estive no mesmo lugar que elas por um curto período de tempo, (yeah, essa foi a maneira que encontrei para em consolar). Enfim, foi lotado, emocionante, filas, e livros e filas. Meu foco foi comprar apenas livros nacionais e consegui autógrafo em 2 dos 3 que comprei \O/








                                            2012/2014


1° foto: Garota It.
2° foto: Diário de um Banana.
3° foto: Pessoal do Cabine Literária.
4° e 6° foto: Autógrafo do Danilo do Cabine.
5° foto: Autógrafo dos autores de Príncipe Gato.
7° foto: Meu irmão e o autor de Al-Aisha e Os Esquecidos. (Comparamos o livro dele em 2012 e o revemos nesta Bienal e foi um momento "WOW, VOCÊ AQUI DE NOVO?")
8° foto: Isa e eu sendo Isa e eu.
9° foto: Autores de O Príncipe Gato. (Dêem zoom e vejam que cada um está com olhos de cores diferentes :O).
10° foto: Os Mistérios de Warthia, O Príncipe Gato e Por que Indiana, João?

Últimas observações antes de encerrarmos o post e o ano: EU TIREI FOTO COM A PÂM E COM O CABINE, ZEREI NA VIDA. (Ou pelo menos metade dela). Conheci autores nacionais novos, e eu nunca havia conversado com tantos blogueiros e booktubers como fiz desde a Bienal até agora, (Momento AWWW). O blog fez 1 ano e seis meses e só tem crescido, mesmo com a nossa ausência :O E será pensando nisso que vou me comprometer a preparar mais conteúdo e com maior frequência desde já. COME ON, 2015!



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domingo, 23 de novembro de 2014

Livros Entre Linhas: Cidades de Papel


Nome do Mundo: Cidades de Papel.
Único em Seu Universo.
Dimensão: 368 páginas. 
Criador: John Green.
Data de Nascimento: 
BRA:  2013 / US: 2008
Trouxe aos Terráqueos Brasileiros: Intrínseca
Onde Obter: Saraiva - Submarino - Livraria Cultura - Americanas - Amazon PDF
Relatório Completo: Skoob. 
Sinopse: Quentin Jacobsen nutre uma paixão platônica pela vizinha e colega de escola Margo Roth Spiegelman desde a infância. Naquela época eles brincavam juntos e andavam de bicicleta pelo bairro, mas hoje ela é uma garota linda e popular na escola e ele é só mais um dos nerds de sua turma. Certa noite, Margo invade a vida de Quentin pela janela de seu quarto, com a cara pintada e vestida de ninja, convocando-o a fazer parte de um engenhoso plano de vingança. E ele, é claro, aceita. Assim que a noite de aventuras acaba e um novo dia se inicia, Q vai para a escola, esperançoso de que tudo mude depois daquela madrugada e ela decida se aproximar dele. No entanto, ela não aparece naquele dia, nem no outro, nem no seguinte. Quando descobre que o paradeiro dela é agora um mistério, Quentin logo encontra pistas deixadas por ela e começa a segui-las. Impelido em direção a um caminho tortuoso, quanto mais Q se aproxima de Margo, mais se distancia da imagem da garota que ele pensava que conhecia.



Heeeeeeeey! Sim, eu sei que dei um novo significado para palavra "sumiço", mas aqui estou eu, ignorando a loucura da escola momentaneamente só para desfrutar da magia de escrever que me foi privada durante esse tempo todo. Oh dó.



Margo sempre adorou um mistério. E, com tudo o que aconteceu depois, nunca consegui deixar de pensar que ela talvez gostasse tanto de mistérios que acabou por se tornar um”. 

Provavelmente vocês já estão cansados de ver resenhas dos livros do Green por ai. Yeah, eu também. Mas eu queria deixar registrados meus pensamentos sobre esse livro, pois foram tão extremos a tal ponto que ainda não sei se minha opinião sobre é mais para positiva ou negativa, ops.

Isso sempre me pareceu tão ridículo, que as pessoas pudessem querer ficar com alguém só por causa da beleza. É como escolher o cereal de manhã pela cor, e não pelo sabor”

Começando por Quentin. Primeiramente, QUE RAIO DE DIABOS DE NOME É ESSE?? Criatividade foi lá no Polo Norte, hein Sr.Verde! Enfim, Quentin está nas suas últimas semanas de aula do Ensino Médio, o desejo mais ansiado ou temido. Ou uma mistura de ambos. Porém, Quentin não demonstra sentimentos significativos quanto a isso. Sua atenção está, assim como esteve desde a infância, em Margo Roth Spielgelman, sua misteriosa vizinha de muitos anos, possuidora de um ar de superioridade naturalmente intrínseco e aquela por quem Quentin mantém uma paixão desde que se conheceram. Já aviso que essa paixonite me enjoou desde o começo.

Sempre achei que só pessoas importantes tinham inimigos. Por exemplo: historicamente, a Alemanha tem mais inimigos que Luxemburgo. Margo Roth Spielgelman era a Alemanha. E a Inglaterra. E os EUA. E a Rússia czarista. Eu, eu era Luxemburgo. Só na minha, criando minhas ovelhas e cantando à tirolesa”.



Certo, tudo seguia relativamente bem em sua vida. Quentin possuiu uma particularidade de gostar do tédio e não se incomodar com ele. Gostar de ter os pés no chão e um futuro previamente traçado à sua frente. Até que certa noite, Margo aparece na janela de seu quarto, vestida e pintada de preto, convidando-o para uma operação/missão misteriosa, mas com a garantia de ser a noite mais emocionante de sua pacata vida. Pausa para reflexão: vocês acham que Quentin diria não a uma aventura com a Sra. Spielgelman? Cof, NEVER, cof.

Fazer as coisas nunca é tão bom quanto imaginá-las”.

Eis que a operação/missão misteriosa se mostrou ser um plano de vingança muito bem planejado contra o namorado traidor de Margo. E apesar das cenas engraçadíssimas, esse momento juntos serviu para pôr em dia anos as reflexões e conversas que estavam há anos atrasadas. Margo descreve sua forma de ver a cidade em que vive, (o mundo em geral), e tudo que nela habita: feita de papel. As pessoas e suas preocupações banais, casas com fachadas lindas por fora, mas com famílias destruídas por dentro... Enfim, livros do João Verde e suas filosofias peculiares.
Porém, contudo, entretanto, a aparente ascensão de Margo na vida de Quentin revela seu objetivo dias depois: foi uma despedida.

Olhe para todas aquelas ruas sem saída, aquelas ruas que dão a volta em si mesmas, todas aquelas casas construídas para virem abaixo. Todas aquelas pessoas de papel vivendo suas vidas em casas de papel, queimando o futuro para se manterem aquecidas. Todas as crianças de papel bebendo a cerveja que algum vagabundo comprou para elas na loja de papel da esquina. Todos idiotizados com a obsessão por possuir coisas. Todas as coisas finas e frágeis como papel. E todas as pessoas também.

Margo possuía o hábito de fugir de vez em quando, a tal ponto que seus pais já nem se importavam mais. Contudo, Quentin precedia que desta vez seria definitivo. Margo Roth Spielgelman deixaria para trás a cidade de papel junto com a vida de papel que achava levar.

- Quanto mais trabalho, mais percebo que os seres humanos carecem de bons espelhos. É muito difícil para qualquer um mostrar a nós como somos de fato, e é muito difícil para nós mostrarmos aos outros o que sentimos”.

Quentin, junto com alguns amigos, decide procurá-la. Ele sabia que uma das características de Margo era deixar pistas misteriosas e aleatórias sobre seu destino. E desta vez, sente que elas foram deixadas para ele. É então que a vida do nosso protagonista se resume a constantes tentativas de entender Margo. De conseguir ser Margo e sentir suas dores para encontrar o lugar em que foi procurar uma cura. Mesmo que para isso tenha de arruinar seu histórico de poucas faltas, sua festa de formatura e até, quem sabe, algumas amizades de muitos anos.

Eu não pude deixar de pensar no fim das aulas de tudo o mais. Gostava de ficar afastado, observando-os – era um tipo de tristeza que não me incomodava, e assim eu só ouviam deixando toda felicidade e toda tristeza daquele redemoinho de términos me dominarem, cada sentimento fazendo o outro ficar mais forte. Por um longo tempo, foi como se meu peito estivesse se abrindo, mas era não exatamente desagradável”. 

Pois bem, neste livro John-Greeniano somos apresentados a diversas passagens que evocam vários sentimentos e pensamentos que temos e muitas vezes, achamos que só habitam em nós. Quem nunca parou para pensar sobre quão verdadeira é a vida que você tem vivido? Ou quem nunca analisou se o "eu" que você mostra para as pessoas, principalmente as mais próximas, corresponde a pessoa que se denomina pelo seu nome e eu não sei mais se isso é uma pergunta ou afirmação. Ignorando isso, esta reflexão deveria ser algo comum.

A cidade era de papel, mas as memórias, não.

Analisando os personagens, 99% são tradicionais e clichês até para um livro clichê de Young Adult. O protagonista obcecado pela melhor amiga de infância. Um melhor amigo nerd. O outro melhor amigo retardado e que só pensa em garotas. A amiga bitch da ex-melhor amiga do protagonista. E por um motivo estrondoso, todos eles se juntam e viram amigos em nome de algo maior, que é achar a melhor amiga do protagonista. E está ai o livro. E não acho que eles passaram por um amadurecimento significativo ao longo do livro. Sim, eles aprenderam e viveram muitas coisas. Mas o livro não os fornece muito tempo para sintetizarmos isso. (Sim, agora somos plantas). E tenho de falar: a Margo entrou na lista para personagens mais inúteis e irritantes de todos os tempos. Além de alienar a mente do Quentin, ao invés de mudar as pessoas com quem se relaciona ou rever o próprio comportamento, ela prefere chamar todos de frívolos, (claro, de forma metafórica), e sair da cidade como se nada daquilo pudesse oferecer o que ela gostaria. Primeira observação: Querida Margo, o mundo não é uma fábrica de realizações de desejos; Segunda observação: Você é tão "vazia" quanto qualquer um, talvez até mais por rotular a cidade como de papel, quando na verdade você nunca tentou melhorar a vida. Sim, me sinto melhor agora, obrigada.

São tantas pessoas. É tão fácil se esquecer de como o mundo é cheio de pessoas, lotado, e cada uma delas e imaginável e sistematicamente mal interpretada”.

Sim sim, eu sei que a resenha pode parecer sem foco. Mas é como eu disse, eu ainda não sei totalmente o que eu sinto por esse livro. E não sei se algum dia saberei. A síntese dele não é nem um pouco meu estilo de livro. Mas o jeito como o autor conduziu tudo isso, a linha que uniu o esqueleto-mais-do-que-clichê com as reflexões, fez com que a essência do livro seja mais uma história de término de ensino médio. A mensagem que o autor quis transmitir é incrível. Apenas acho que ele poderia ter usado de um meio mais interessante. Porém, sem ressalvas quanto a escrita. Green prova-se mais uma vez uma fábrica de diálogos inteligentes e fabricador de personagens que GOSTAM do conhecimento e que fazem piadas com o mesmo. Sua escrita é leve, nem um pouco rebuscada ou por demasiada descritiva. Eu adoro o modo singular de sua escrita, como se levasse às palavras para passear.

Só tenha em mente que às vezes o jeito como a gente pensa em alguém não é exatamente o jeito como essa pessoa é”. 

AGORA, VAMOS FALAR DAQUELE FINAL. Acredito que o Green tenha ficado em um impasse gigantesco, pois apenas com a sinopse é possível deduzir muitas coisas do desfecho. Creio que sua intenção era surpreender a todos que seguiram a hipótese mais óbvia. Porém, o resultado se resume em catástrofe. Grande quantidade de pontas soltas, questões não resolvidas e personagens esquecidos. Sr. Green, continue matando personagens que amamos que fica mais legal. E outro detalhe, há alguns trechos de insinuações sobre metáforas para se seguir e outras coisas que me fez ver um certo padrão de temas que o Green aborda. (Cof, fetiche por crises existenciais, cof).

Well, folks, para nota final, PAPÉIS! Criatividade é tudo nessa vida. Quatro papéis, pois mesmo tentando ignorar implicâncias pessoais, aquele final superou/arruinou tudo. Espero que tenham gostado e se preparem, pois logo voltaremos à ativa! AH SIM, acompanhe um pouco das filmagens no canal dos Nerdfighters!




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quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Livros Entre Linhas: Feita de Fumaça e Osso


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Nome do Mundo: Feita de Fumaça e Osso.
Do Universo:
2°: Dias de Sangue e Estrelas.
3°: Sonhos de Deuses e Monstros.
Dimensão: 384.
Criadora: Laini Taylor.
Data de Nascimento:  
BRA: 2012. USA: 2011
Trouxe aos Terráqueos Brasileiros: Intrínseca. Onde Obter: Saraiva / Submarino / Americanas / Livraria Cultura
Relatório Completo: Skoob.
Sinopse:Um romance de tirar o fôlego, sobre destino , esperança e a busca de si mesmo" The New York Times. Pelos quatro cantos da Terra, marcas de mãos negras aparecem nas portas das casas, gravadas a fogo por seres alados que surgem de uma fenda no céu.Em uma loja sombria e empoeirada, o estoque de dentes de um demônio está perigosamente baixo. E, nas tumultuadas ruas de Praga, uma jovem estudante de arte está prestes a se envolver em uma guerra de outro mundo.O nome dela é Karou. Seus cadernos de desenho são repletos de monstros que podem ou não ser reais; ela desaparece e ressurge do nada, despachada em enigmáticas missões; fala diversas línguas, nem todas humanas, e seu cabelo azul nasce exatamente dessa cor. Quem ela é de verdade? A pergunta a persegue, e o caminho até a resposta começa no olhar abrasador de um completo estranho. Um romance moderno e arrebatador, em que batalhas épicas e um amor proibido unem-se na esperança de um mundo refeito.

Feita de fumaça e Osso é um título bem sugestivo em relação a história e começou a fazer sentido para mim quando eu estava no meio do livro.
Karou é uma protagonista incomum dentre os muitos livros que eu li, isso quer dizer que eu não tive vontade de jogar o livro na parede nenhuma vez por que ela não fez nenhuma besteira como a Ever de Os Imortais. Me chamou muito a atenção logo que a descreveram fisicamente:



"Karou era, simplesmente, adorável. a pele macia, as pernas longas, o cabelo azul-celeste comprido e olhos de esfinge..."

Cabelo azul! É óbvio que o livro não é tão fantasioso a ponto de os personagens de fato nascerem com o cabelo azul, Karou desejou que o cabelo nascesse assim. Ela também possui diversas tatuagens incomuns, como dois olhos hamsás na palma das mãos. Karou além de ser diferente fisicamente também é misteriosa, não lembra nada de seus pais.
Logo nos primeiros capítulos eu percebi que o livro está longe de ser comum. A história de passa boa parte se passa em Praga, onde a protagonista estuda Artes. Mas ela também está em outros lugares, como Paris, Marrocos... Ela trabalha a serviço de Brimstone ( um quimera, espécie de demônio), coletando dentes de vendedores quando eles não podem se encontrar com Brimstone, em qualquer hora e em qualquer parte do mundo.
Exatamente, dentes. Dentes de animais, humanos... Ela carrega consigo um colar cheio de dentes que lhe permite que pequenos desejos se realizem, como por exemplo, se vingar do ex. Como eu disse, coisas básicas.
A autora nos introduz aos mistérios do livro aos poucos, e ele aparenta ter mais páginas (não de um jeito ruim), mas ela conta várias coisas sem enrolar.



"- Quem é você? - Kaz costumava perguntar, encantado.
E Karou respondia, melancólica:
- Eu não sei mesmo.
Por que não sabia mesmo"

Em certo ponto conhecemos um personagem com um peso significante: Akiva, ao mesmo tempo em que os portais pelo qual ela faz todas aquelas viagens em busca de dentes, estão sendo destruídos. A primeira vista a criatura tentou matar Karou, mas logo vimos que o Anjo perde o interesse em matá-la. Os dois se apaixonam (neste aspecto em lembrou Fallen, mas só isso, pois o livro é totalmente diferente), Akiva a ajuda a descobrir quem ela é em meio de uma guerra já travada. E a resposta para esta pergunta pode não ser tão agradável.
 

"Estar perto dela era como se equilibrar em um mundo inclinado, tentando manter-se firme enquanto o chão queria jogá-lo para frente, lançá-lo em uma espiral da qual não havia retorno, somente impacto, e era um impacto desejado, uma colisão doce e atraente.

Considerações finais: A autora me prendeu no começo do livro por ser uma narrativa leve e diferente, e quando eu percebi já havia terminado o livro! Algumas coisas no entanto, me deixou confusa, em relação aos quimeras, serafins e o excesso de fantasia, acredito que tudo ficará mais claro no próximo livro.



segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Livros Entre Linhas: Belo Casamento





http://www.burnbook.com.br/wp-content/uploads/2014/02/1069806_683904134993677_601495442_n.jpgNome do Mundo: Belo Casamento.
Do Universo:
Belo Desastre
Desastre Iminente.
Dimensão: 123 páginas.
Criador: Jamie McGuire
Data de Nascimento:  BRA: 2014.
Trouxe aos Terráqueos Brasileiros: Verus.
Relatório Completo: Skoob.
Sinopse: A louca e viciante história de amor de Travis e Abby foi narrada por ela em Belo desastre e por ele em Desastre iminente. Como num conto de fadas moderno, sabemos que eles se casaram e foram felizes para sempre... mas quanto realmente conhecemos dessa história? Por que Abby fez o pedido de casamento? Que confidências eles trocaram antes da cerimônia? Onde passaram a noite de núpcias? Quem sabia que eles iam se casar e guardou segredo? Todos os detalhes sobre o casamento de Travis e Abby eram secretos... até agora. Os fãs do casal mais quente da literatura terão todas as suas perguntas respondidas nesta história vertiginosa sobre o dia (e a noite...) do casamento de Travis e Abby — e o melhor, contada pelo ponto de vista dos dois!

PS: Antes de tudo, não recomendo que vocês comprem o livro separado físico, ele contém apenas 123 páginas, a não ser que você compre ele em box.


"-Eu acho que o belo desastre se transformou em um belo casamento"


Neste "mini-livro" a autora relata dois casamentos. No final de Belo Desastre não lemos muitos detalhes sobre o casamento de Abby e Travis em Vegas, e é nesse livro que a autora dá cada detalhe. Inclusive da lua de mel (Sidney Sheldon ficou para trás nessa hora).
Depois do incêndio no primeiro livro, Abby tem um medo terrível de que travis vá para a cadeia, e o pedido de casamento que ela propõe esconde muito mais do que aquele amor louco que vimos ao decorrer do primeiro livro. Eles se casam pela 1° vez em Vegas, na presença de Elvis e uma mistura de terno e all star.


"[...]a única voz que fazia sentido era a o Travis -Eu tenho a maldita certeza disso", disse ele com um sorriso. - E prometo nunca entrar em outra luta, beber em excesso, apostar, ou dar um soco com raiva... e eu nunca, nunca quero fazer você chorar lágrimas tristes novamente." (Votos de Travis)


"[...]Nós éramos melhores amigos em primeiro lugar e tentei não me apaixonar, mas a gente fez. Se você não está comigo, não é onde eu quero estar (...) Essa coisa toda poderia jogar para ser um completo, maravilhoso e lindo desastre, mas eu quero isso se é com você" (Votos de Abby)


Logo depois, ainda alguns detalhes do primeiro livro é repetido, como a tatuagem "Ms Maddox". Mas finalmente (finalmente) eu leio algo inédito como a renovação dos votos em St Thomas e uma despedida de solteiro de ambos.
Eu quase abandonei o livro pelas partes repetidas apesar de poucas páginas, por que eu já havia lido Desastre Iminente, e começou a ficar cansativo certa hora, mas a leitura discorreu rápido. Me ocorreu o que Travis diria e como ele reagiria se soubesse o verdadeiro motivo pelo qual Abby o pediu em casamento, mas parece que a autora deixou essa "ponta solta".


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