quarta-feira, 31 de julho de 2013

1% Multiplayer: A Culpa é Das Estrelas




Hello guys! Hoje iremos fazer algo diferente.  Ao invés de escrevermos uma resenha mundana, iremos dividir nossas opiniões em uma única resenha! Preparem-se para a luta. Já pegaram seus baldes de pipoca cheios de gordura? Vamos lá.

http://3.bp.blogspot.com/-PwwD_CbRE68/UIlPM4WgYdI/AAAAAAAAEWw/-qurDmXQW4U/s320/a-culpa-e-das-estrelas-john-green.jpgNome do Mundo: A Culpa é Das Estrelas.
Único em seu Universo.
Dimensão: 288 páginas.
Criador: John Green.
Data de Nascimento:
BRA & US: 2012.
Trouxe aos Terráqueos Brasileiros: Intrínseca.
Onde Obter: Saraiva - SubmarinoLivraria Cultura PDF
Relatório Completo: Skoob.
Sinopse: A culpa é das estrelas narra o romance de dois adolescentes que se conhecem (e se apaixonam) em um Grupo de Apoio para Crianças com Câncer: Hazel, uma jovem de dezesseis anos que sobrevive graças a uma droga revolucionária que detém a metástase em seus pulmões, e Augustus Waters, de dezessete, ex-jogador de basquete que perdeu a perna para o osteosarcoma. Como Hazel, Gus é inteligente, tem ótimo senso de humor e gosta de brincar com os clichês do mundo do câncer - a principal arma dos dois para enfrentar a doença que lentamente drena a vida das pessoas. Inspirador, corajoso, irreverente e brutal, A culpa é das estrelas é a obra mais ambiciosa e emocionante de John Green, sobre a alegria e a tragédia que é viver e amar.

*Avisando que nós duas lemos o livros para fazer esse duelo, mean, além da pancadaria e palavras de baixo calão, pode haver informações sobre a trama, que é nada mais nada menos que spoilers, então leia por sua conta e risco (além disso não responsabilizamos pelos danos causados à pessoas sensíveis.*

Round 1: Visão Geral.

Isabella: Tendo uma visão geral do livro, eu até gostei. Não amei, gostei. A escrita é boa, mas a ideia do enredo nem tanto. Não preciso muito delongar nesta parte: Hazel e Augustus têm câncer em uma fase terminal, ela só vai ao grupo de apoio por que a mãe a obriga, Hazel e Gus se apaixonam no grupo de apoio, começam a namorar, viajam juntos até Amsterdã para conhecer o escritor favorito de Hazel, que passa a ser o favorito de Gus também. O resto é apenas história.

Beatriz: Eu gostei da singularidade do livro, e com isso não quero dizer originalidade ou que a trama é imprevisível. Eu sabia desde o começo que Gus morreria, é impossível ler um livro sick-lit sem pensar que haverá tragédia. E uma coisa da qual não me conformo é se retirarmos todo o Auêê da revolta da Hazel sobre o final inacabado do livro favorito dela, o que sobra? Apenas um romance um tanto Sparks, pois convenhamos, Gus é um muito perfeito demais. E já que a senhora "Não amei, gostei" resumiu o livro inteiro, paro por aqui.

Round 2: O Que Mais te Agradou.

Isabella: O que mais me agradou neste passatempo (sim, foi apenas um passatempo), foi a escrita de John Green. Ela não é cansativa, não usa palavras que não são deste século (não sou contra, desde que você não seja deste século), devo créditos a Green por não me fazer abandonar o livro pela escrita ser chata.

Beatriz: Esse foi um livro que eu escolhi ler nas férias de dezembro no ano passado, tradução, foi para descansar e entender porque tanto baderna à la carnaval literário. Digo que valeu a pena a leitura pelas citações, pois se alguém me perguntasse "Cara Bea, por obséquio, diga quais são seus quotes preferidos de todos os tempos? mesmo que você não tenha vívido por todos eles" Com certeza apareceria algum de ACEDE pela escrita de John ser suave e carregada de filosofias juvenis, pelo menos de jovens que pensam.

Round 3: Finale.  (Não é Hush-Hush) (not funny, sis)

Isabella: Este livro já foi um de meus favoritos, devo admitir, mas eu o li em uma fase totalmente ruim em minha vida, e depois de reler várias vezes a sinopse e organizar ele em minha cabeça eu concluí que: cara como esse livro é clichê! 
Digo, todos sabem que alguém morre no final. Alô-ôu, eles têm uma doença terminal, me surpreenderia se ninguém morresse no final. Não tem nenhum momento em que o romance dos dois não é clichê, é comum, então por que fazer tanto estardalhaço por causa disso? E tem a questão do "okay? Okay". Eu não entendi o por que disso também, não quero atirar pedras, só expor minha opinião. Afinal, são duas palavras tão mundanas.

Beatriz: Podem atirar pedras a vontade na Isa, tem minha permissão! (Ei!) Right, quero esclarecer que "a questão do Okay? Okay" a meu ver of corse, era como se Gus e Hazel concordasse que com coisas subentendidas entre eles, não sendo preciso expressar em palavras. Mas se vocês forem pessoas pessimistas, podem pensar que foi o jeito de Green economizar palavras, freely. Whatever, eu não chorei com o final e não foi porque eu já sabia, mas a reação dos personagens com o ocorrido não me convenceu, qualé, se o amor da sua vida ou seu melhor amigo morre é de se esperar que você não controle sua reação e não permanecer neutro ou o tipo "Tá bom, eu aceito, já sabia mesmo". Em suma, não vou pegar a metralhadora mais que a Isa já fez LOL. 



terça-feira, 30 de julho de 2013

Depósito da Pipoca: Anna Karenina



Here I am again! Minha paixão por livros é igualmente dividida por filmes. Ainda mais quando são adaptações literárias de clássicos. Para inaugurar o Depósito da pipoca (nome criado pela chefe, Bea. Obrigado Bea!), nada melhor do que a obra prima de Tolstói.

Anna Karenina : PosterTitulo: Anna Karenina

Elenco: Keira Knightley, Jude Law, Aaron Johnson, Kelly Macdonald, Matthew MacFadyen.
Direção: Joe Wright.
Gênero:  Drama
Nacionalidade: Reino unido.
Data de Lançamento: 2012
Sinopse: Século XIX. Anna Karenina (Keira Knightley) é casada com Alexei Karenin (Jude Law), um rico funcionário do governo. Ao viajar para consolar a cunhada, que vive uma crise no casamento devido à infidelidade do marido, ela conhece o conde Vronsky (Aaron Johnson), que passa a cortejá-la. Apesar da atração que sente, Anna o repele e decide voltar para sua cidade. Entretanto, Vronsky a encontra na estação do trem, onde confessa seu amor. Anna resolve se separar de Karenin, só que o marido se recusa a lhe conceder o divórcio e ainda a impede de ver o filho deles. 






"O amor é fogo que arde sem se ver" , "essa ferida que dói e não se sente". Não há outro verso se não esses de Luíz Vaz de Camões que descrevam melhor Anna Karenina.
O romance russo de Liev Tolstói foi adaptado a primeira em 1935, logo depois em 1948, 1985, 1997 e recentemente em 2012, tendo como protagonista nossa amada Keira Knightley (Orgulho e Preconceito) e Aaron Taylor-Johnson que faz o par romântico com Keira.
Anna Karenina : Foto Aaron Taylor-Johnson, Keira KnightleyAnna tem seu primeiro contato com o Conde Vronsky é marcado por um suicídio de um indivíduo que se atira sob os trilhos da estação de trem. Esse é o primeiro pressagio de Anna sobre Vronsky, e a partir daí o romance dos dois está destinada á tragédia. Vale lembrar que Anna é casada com o prestigiado Alexei Karenin com quem tem um filho.
Desde o primeiro beijo do Conde sob a mão enluvada de Anna é só o começo de uma vida arruinada. A trama não gira só em torno de Anna e o Conde, como também mostra uma pretendente de Vronsky, Kitty (Alicia Vikander) que é logo esquecida pelo rapaz quando vê Karenina.
Todo o ardor do casal é demonstrado sem vergonha no baile, durante uma dança coreografada com passos precisos e belíssimos, e naquele momento o mundo parece ter parado, e mais ninguém naquele salão importava, nem mesmo a frenética Kitty desesperada em partilhar uma dança com ele.

Anna Karenina : Foto Alicia VikanderDe volta a São Petersburgo, Anna naturalmente não consegue esquecer o Conde, nem mesmo na presença do marido, e acaba cedendo facilmente aos encantos de Vronsky até que ela finalmente seja infiel á Karenin - o marido, naturalmente tenta impedir de cometer uma grande estupidez de ser vista com outro homem, porque, naquela época, ser infiel ao marido era como cometer um crime, ela seria desprezada pela sociedade.
Dito e feito. Anna é desprezada por todos da alta sociedade, se encontrando ás escondidas com o Conde, e depois de sua gravidez, ela acaba de expondo, aguentando á todos os comentários e insultos.
Por incrível que pareça, Alexei não faz escândalo sobre isso por se importar demais com Anna.
Ao decorrer do filme é visível a tolerância da protagonista sobre os rumores e insultos. Já Vronsky não aceita tão bem, apesar de amá-la.

Anna Karenina : Foto Aaron Taylor-Johnson
Não há palavras melhores para descrever o cenário a não ser teatral. O cenário do filme é criativo, não é muito usado paisagens ao ar livre, não há outro filme que não mereça as indicações na categoria de Melhor design de produção, melhor fotografia e melhor figurino.
A simplicidade de usar o mesmo teatro é o toque de criatividade do filme, no mesmo teatro já foram arrumados o salão de baile, a casa do irmão de Anna, o quarto do filho de Anna, e muitas vezes paisagens que deveriam ser ao ar livre.
O figurino é nada mais do que maravilhoso. O inverno da Rússia não impediu os personagens de usarem nada menos do que vestidos com espartilhos apertados e joias exuberantes, e nada melhor para complementar o visual do que um casaco caríssimo de pele.

Anna Karenina : Foto Keira Knightley
E para quem sentiu saudades do adorável Sr. Darcy em Orgulho e Preconceito, ele está presente no filme ao lado da Keira novamente, fazendo o papel de irmão de Anna. Ele - Oblonsky - mostra-se muito preocupado com as aparências sem ser de um jeito esnobe, e até ajuda um amigo á conquistar Kitty.
Konstantin Levin é um rapaz que vive no campo, e a humildade é quase que inaceitável pela sociedade russa. Oblonsky o veste adequadamente para Levin pedir a mão de Kitty que recusa o pedido pela primeira vez por estar cegamente apaixonada por Vronsky e mais tarde se casa com Levin e está realmente apaixonada por ele, afinal na época, não existiam "namoros", eles faziam o estilo de tudo ou nada. Ou seja, casamento. Os dois se mudam para o campo e tem uma filha.

Anna Karenina : Foto
Evidentemente Anna não consegue suportar por muito tempo esse romance, o anulamento do casamento com Alexei não foi permitido - uma vez unidos por Deus, só Ele pode separar -, as críticas da sociedade contra a protagonista são cada vez mais frequentes cada vez que ela faz uma aparição publica.







Para saciar sua fome, eis o trailer: 






 

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Livros Entre Linhas: O Atlas Esmeralda


Nome do Mundo: O Atlas Esmeralda.
Pertence ao Universo: Os Livros do Princípio.
Outros do Mesmo Planeta: 
2°: A Crônica do Fogo
3°: The Black Reckoning (2014 EUA)   
Dimensão: 296 páginas.
Criador: John Stephens.
Data de Nascimento: 
BRA & USA: 2011.
Trouxe aos Terráqueos Brasileiros: Suma das Letras.
Relatório Completo: Skoob.
Onde Obter: Submarino - Saraiva - Livraria Cultura -PDF 
Sinopse: Há dez anos, numa noite de inverno, os irmãos Kate, Michael e Emma foram tirados de suas camas às pressas, perseguidos por criaturas estranhas e levados para longe de seus pais, os quais nunca mais viram. Desde então, os três passaram todo esse tempo vivendo em vários orfanatos sem saber o que de fato aconteceu naquela noite. Kate, a mais velha, é a única que tem lembranças dos pais, a quem jurou proteger seus irmãos a todo custo até que a família estivesse reunida novamente; Michael, o do meio, adora o mundo dos livros e histórias de magia e é sempre alvo de implicância dos garotos mais velhos; e Emma, a mais nova, é uma verdadeira encrenqueira, mas de grande coração. Quando chegam a uma mansão abandonada, os irmãos encontram um atlas encantado que os faz viajar no tempo e os leva para uma terra habitada por gigantes, anões, lobos famintos, crianças prisioneiras e uma condessa que é a fonte de todo o Mal. Assim, as crianças que apenas buscavam o paradeiro de seus pais acabam tendo que salvar o mundo. 

Olá mochileiros de Literatura Fantástica!, (se você não é fã desse tipo de literatura pode desconsiderar isso). Está na fila de pessoas que sentem falta da mágia de Harry Potter? Eis aqui a opção perfeita para "enganar" essa necessidade básica, que é a escrita de Rowling com um toque narniano bem passado.

(Modo voz de locutor ativar!) Once Upon a Time uma série LOL, três irmãos chamados Kate, Emma e Michael (nessa ordem de nascimento). Quando ainda eram bebês, um estanho incidente obrigou seus pais a os deixarem na mão de um destino incerto bem no Natal  e o único presente que conseguiram levar foi um livro sobre anões (Não, nunca será dinheiro). Além de um "P." como sobrenome e as últimas palavras que Kate trocou com seus pais, a promessa de manter seus irmãos seguros.

Kate, Emma e Michael cresceram mudando de orfanato constantemente, pois faziam de tudo para não serem adotados na esperança de seus pais retornarem, além de Michael sofrer muito bullying por ler o livro de anões e Emma arranjar briga para defendê-lo, (já comentei que ela foi minha favorita?) enquanto Kate apenas mantinha-os longe de correr perigo de morte.


Mas como os orfanatos não são infinitos nesse mundo (assim como as férias ou barras de chocolate), chegou um momento em que sobrou apenas mais um lugar para onde poderiam ir: Cambridge Falls, um castelo com ar de abandonado no alto de uma montanha cercada por lobos, cujo o único meio de chegar lá era subindo em uma carroça guiada por cavalos, (E a perfeição do livro só está começando).  Mas esse orfanato parece ser qualquer coisa, menos um orfanato, pois faltava um detalhe: outras crianças. E além da empregada ter transformado os três em faxineiros, havia outro problema; Um senhor que fumava cachimbo, não falava com ninguém e se isolava em uma sala com um típico ar de "Proibido a entrada de crianças para não usar termos como pirralho, pentelho ou fedelho". 

Porém, chega o dia em que surge uma oportunidade para os irmãos entrarem na tal sala e  entre todos os livros presentes, encontram um Atlas capaz de levar qualquer um para uma voltinha no passado usando uma fotografia, página de jornal ou até um pensamento. Então uma onde de incidentes inicia a maior aventura da vida dos irmãos! Eles conhecem melhor o Dr. Stanislaus Pym (confesso que eu lia "Doutor Schanana Pym), e descobrem que o misterioso senhor do cachimbo é gente fina, além de um hilário e atrapalhado mago todo-poderoso. Mas algo bem desgraceira acontece com um dos irmãos e Kate se vê ligada ao Atlas mais do que gostaria. E pensando nesse detalhe, tudo indica que existe três Livros do Princípio (o Atlas é o primeiro), um para cada irmão nesta trilogia.

O resultado de tudo isso? Bem,  se eu tivesse em casa um objeto capaz de voltar no tempo, eu provavelmente voltaria naquela semana de provas e salvaria A:Meu boletim e B:Minha mãe do infarto. Enfim, os irmãos entram em uma fotografia do que parece ser Cambrigde Falls há muitos anos, mas seus planos iniciais se alteram um pouquinho ao depararem-se com o castelo cheio de crianças, um vilarejo povoado e o exército de uma bruxa/vilã/feiticeira com rostinho de anjo e mente pior que o próprio Hades.


Disposta a matar criança por criança até consegui o que quer

Imagine uma personalidade vilã da Disney, sem coração mesmo, bem aquelas que querem ser eternas imortal (?) e permanecer forever young? Essa é a Condessa, uma melhor descrição seria corpo da Rapunzel, mas interior da "Mamãe ladra" (Sim, aquela que canta SUA MÃE SABE MAIS O.o). Para Condessa qualquer limite pode ser ultrapassado, e se forem pessoas, melhor ainda!, dá pra se divertir, palavra aqui empregada no mais maléfico significado.

E revelando meu lado "adoro vilões", os gritões, soldados da bruxa ai de cima, foram o que eu posso chamar de 'mitologia própria' criada pelo autor e para este livro. Eu os imaginei como uns Dementadores do Pântano, com mantos negros cobrindo o corpo e o rosto, pois ninguém se atreveria a ter curiosidade  de olhar para eles.


“Os olhos eram amarelos, com finas pupilas verticais, como as de um gato. A criatura tinha o cheiro de quem ficara enterrado num pântano durante séculos antes de ser retirado. Ela ergueu a espada e apontou na direção de onde havia vindo.”


Apressando um pouco as coisas, o livro é bem escrito e conduzido. Como eu adoro middle-grade infanto juvenis, sou bem suspeita para falar, mas vou analisar com um "olhar adulto"; a grande reclamação de quem não curte esse gênero é porque dizem ser muito previsível e superficial. Pelos livros recentes que li nesta categoria, os autores tem se superado! Os personagens, por mais secundários que sejam, daqueles que você nem lembra o nome, são bem "montados" com gostos definidos, características únicas e peculiares, além de até um passado que o autor faz questão de montar. Os diálogos são como a cobertura do bolo, é perceptível as mudanças de quem fala sem precisar prestar atenção nos "disse fulano disse cilano" depois as aspas ou travessões (Pois ninguém merece livros em que todos dão uma de Edward "I can't felling anything", é amigo, já eu sinto raiva). 


Okay, às vezes eu gosto dos bonzinhos quando não dão uma de "Podemos salvar o mundo, juntos!" Arg, dá vontade de fechar o livro e ir assistir novela mexicana que é menos clichê. Nesse livro, meu favorito foi Gabriel, um gigante excluído do seu povoado por ter conceitos e prioridades um pouco diferentes, por assim dizer. Eu adorei o jeito que ele apareceu na história, bem natural e não programada, como se o autor seguisse uma receita. Gabriel não fez o tipo "o desconhecido bruto e rude que não sabe lidar com as pessoas por ser isolado e ninguém o querer e mimimimi" ou qualquer outro problema que os autores criam para a trama não andar por que só pode! O gigante desde sua primeira aparição sempre foi atencioso e demonstrou preocupação com os irmãos com seu jeito quieto e sem devolver nenhuma emoção, mas sentir todas. Sabe aqueles que sofrem em silêncio, mas não tem intenção nenhuma de fazer show com isso na primeira oportunidade de falar?



Whatever, um dos melhores momentos do livro é a aparição dos anões (Surtos por parte do Michael que morreu de vontade de criar um fã clube E.E). Eles, que sempre foram subestimados, não só pelo seu tamanho e taxados de preguiçosos, na verdade são máquinas de fazer armas, ricos de uma ideologia própria em respeito ao mundo e a sociedade deles funcionam tão bem quanto a das abelhas e formigas (Só a humana que não, mas enfim), todos me divertiram, até mesmo o mais rabugento e eu ri horrores com suas "piadas de anão". Ah, e também aprendi que é melhor correr e orar caso tenha de enfrentar a fúria desses baixinhos, yup.

Coisas que me irritaram: No início do livro, senti o autor frisar demais as personalidades dos irmãos. Eu tive uma péssima primeira impressão de Kate que parecia uma adolescente com crise de "Tenho de ser adulta" e só se importa em cuidar dos irmãos. Okay, muito lindo e maternal, mas parecia àquela coisa de ser estraga prazeres e acabar com a graça de qualquer brincadeira caso ela achasse 'perigoso', ou outra coisa típica de personagens sem a "criança interior". Em suma, ela me parecia séria demais. Tive pré conceitos com Michael e Emma também; Michael parecia ser vibrado por demais em anões, sem pensar em nada mais e Emma tinha um jeito 'durona' sem motivo. Mas com o desenrolar da história e tudo o mais, ambos os três enfrentam desafios que põem em seus pontos fracos, amadurecem e aprendem muita coisa, tornando-os bem reais e veio àquela vontade de trocar minha lista negra por amigos como eles, but okay.

Uma última coisinha, nos diálogos o autor exagerou um pouco na linguagem informal. Choveram coisas como "A gente foi" "Eu tava" "Tá tudo bem" etc etc. Não que esteja errado, mas toda vez que isso aparecia eu pensei "Hey, querido John, vamos parar que não está ficando coisa de gente que sabe escrever?" (Eu fazendo telepatia com os escritores é pior do que falando de um personagem como se fosse "meu parça").

Agora, ESPERA UM POUCO: Três irmãos. A mais nova é meio briguenta. O segundo gosta de ler e usa óculos. A mais velha tem de protegê-los. "Orfãos". Só faltou Kate dar uma de filha de Hefesto e consertar coisas para rolar cosplay dos Baudelaire de Desventuras em Série! Mas brincadeiras a parte, foram só esses detalhes que me lembraram um pouquinho a série, nada que me deixou "OMG, PLÁGIO, PLÁGIO" nem nada disso.
Outra coisa que me fez rir foi quando Kate no meio de uma viajante do tempo e se encontrava com o Dr. Snanana Pym e tinha de explicar tudo o que aconteceu/estava acontecendo/ou iria acontecer dependendo de que tempo estava e com qual versão do mago encontrava.


Saiu um pouco de Bea na foto, sorry me.
Se você é o tipo de pessoa que julga pela capa, essa tem chances quase de 100% de ser aprovada! É uma das mais lindas da minha estante, a editora foi muito esperta de estender o desenho pegando toda parte da frente deixando todos os detalhes nítidos. Já aquela borda que aparece na capa americana está estampando toda parte de trás capa na brasileira, dando a impressão de um verdadeiro Atlas! E eu fiquei brincando com o brilho dourado que salta das letras quando a luz passa (coisa de criança :P).

 Se o mundo fossem classificado por tamanhos de pessoas (não que ele já faça isso), O Atlas Esmeralda ficaria com um Gigante digno de um pé de feijão (e o nosso mundo atual ficaria com um anão mesmo, pelo seu tamanho, não pelo caráter, okay, Michael?, quero fazer parte do seu fã club).


Enfim, crianças ou simplesmente pessoas que sabem apreciar as coisas simples da vida, gosta de Percy Jackson e Harry Potter? Que tal uma pitada de Senhor dos Anéis? Curti um clima a là Narnia? Um charme Baudelaire pitoresco? Muitas aventuras que mal cabem na imaginam em um livro só? (se você respondeu não a uma dessas perguntas, QUE DIABOS ESTÁ FAZENDO NESSA VIDA?). Então O Atlas Esmeralda deve entrar na sua lista de próximas leituras, se você for valente como um anão, ou sua coragem é do tamanho de um? Well, enjoy your reading (;

 
*Ultima Nota de Sua Autora: A escrita do John em 3° pessoa é boa nível Rowling, my opinion, mas já que será um livro para cada irmão (pelo menos tudo me faz crer que esse será o rumo tomado), fico pensando se o autor tivesse optado fazer cada livro da trilogia com um irmão narrando em primeira pessoa.... Mas é só um devaneio meu, que por um acaso tenho muitos, seria um detalhe diferente, mas a história não perde em nada com isso \O/


Cambridge Falls
Cambridge Falls
Cambridge Falls
Cambridge Falls
Cambridge Falls
Cambridge Falls
Cambridge Falls
Cambridge Falls
Cambridge Falls
Cambridge Falls
Cambridge Falls
Cambridge Falls
Cambridge Falls
Cambridge Falls
Cambridge Falls
Cambridge Falls
Cambridge Falls
Cambridge Falls
Cambridge Falls
Cambridge Falls
Cambridge Falls
Cambridge Falls
Cambridge Falls
Amostras: 
(CUIDADO: Pode ser radioativo e fazer a vontade de ler crescer em você!)

O tempo, como Kate estava aprendendo, era parecido com um rio. A gente pode colocar obstáculos, até mudar seu curso rapidamente, mas o rio tem uma vontade própria. Quer seguir um determinado caminho. Você precisa obrigá-lo a mudar. Você precisa estar disposto a fazer sacrifícios.

O medo tinha desaparecido. Todo o seu corpo foi subitamente consumido por uma raiva ardente. Ela queria pular sobre a mesa e gritar com a Condessa, dizer-lhe como ano após ano, orfanato após orfanato, sem ter nada, nem mesmo uma cama para chamar de sua, Emma nunca havia desistido. Ela sempre lutou. Porque sabia que aonde quer que fossem, o irmão e a irmã estariam lá. Eram sua família, a única coisa certa na vida. E agora a Condessa havia tirado aquilo dela.

Quatro bússolas combinam perfeitamente com o livro e a nota (;

Os olhos eram amarelos, com finas pupilas verticais, como as de um gato. A criatura tinha o cheiro de quem ficara enterrado num pântano durante séculos antes de ser retirado. Ela ergueu a espada e apontou na direção de onde havia vindo. *Ainda na dúvida?*

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domingo, 28 de julho de 2013

Livros Entre Linhas: Lola e o Garoto da Casa ao Lado


Eis nossa primeira postagem, yay! Livros Entre Linhas é a coluna dos livros e eu fui a escolhida para fazer a primeira postagem do blog. Muita pressão? Que nada! Vamos ao que interessa:
 
Nome do Mundo: Lola e o Garoto da Casa ao Lado.
Único em seu Universo.
Dimensão: 288 páginas.
Criadora: Stephanie Perkins.
Data de Nascimento: 
BRA: 2012. / US: 2011.
Trouxe aos Terráqueos Brasileiros: Novo Conceito.
Onde Obter: Saraiva - Livraria Cultura - PDF
Relatório Completo: Skoob.
Sinopse: A designer-revelação Lola Nolan não acredita em moda… ela acredita em trajes. Quanto mais expressiva for a roupa — mais brilhante, mais divertida, mais selvagem — melhor. Mas apesar de o estilo de Lola ser ultrajante, ela é uma filha e amiga dedicada com grandes planos para o futuro. E tudo está muito perfeito (até mesmo com seu namorado roqueiro gostoso) até os gêmeos Bell, Calliope e Cricket, voltarem ao seu bairro. Quando Cricket — um inventor habilidoso — sai da sombra de sua irmã gêmea e volta para a vida de Lola, ela finalmente precisa conciliar uma vida de sentimentos pelo garoto da porta ao lado.



Para quem já leu Anna e o beijo francês sabe que Stephanie Perkins não brinca em serviço (e para quem não leu, recomendo), ela não deixa a desejar em nenhum capitulo e o final do livro sempre é adorado por quase todos (por que sempre temos alguém com opinião diferente da nossa!). 
Lola, com seus cabelos coloridos, roupas customizadas por ela e maquiagem de acordo, é filha de uma mulher alcoólatra e vive com um casal de gays, sendo um deles seu tio. Ela namora um cara mais velho que toca em uma banda (o sonho de qualquer... tá, o sonho da maioria das garotas), e o seu sonho é ir ao baile de inverno usando o vestido de Maria Antonieta e botas de combate, um vestido tão grande que seriam necessárias portas duplas para a deixar passar.


“Valorizam demais o que é perfeito. Perfeição é um tédio.”


O seu vizinho de porta é Cricket bell e ele é a paixão antiga de Lola. Quando ela pensou que havia se livrado dele, ele retorna, e assim como todos os homens, ele praticamente dá um nó na vida de nossa protagonista.
Sem muitos spoilers, por que o foco principal é o passado de Cricket com Lola, por que ela fica tão desesperada quando ele retorna? É claro que uma paixão antiga é sempre indesejável, mas Cricket não é apenas uma paixão.


“A vida é curta demais para sermos a mesma pessoa todos os dias” 


A família nada convencional de Lola é um dos lugares para onde os holofotes estão apontados. Ela vive com um casal de gays e sua mãe biológica é alcoólatra, mas nada disso é motivo para a protagonista ser uma adolescente rebelde (apesar de suas roupas, cabelo e maquiagem mostrar totalmente o contrário), ela consegue lidar muito bem com sua família, se não fosse pelo fato de seus "pais" não aceitarem seu namorado mais velho.O que eu amo na Stephanie Perkins é que seus personagens nunca são totalmente normais, e é isso que um leitor sempre procura não? Que graça teria ler sobre uma coisa que você já está cansado de ver? A protagonista é tão imprevisível que você nunca sabe se ela vai pular de um avião na próxima premissa. Perfeito!


Sobre os personagens secundários, temos a irmã de Cricket que também faz parte do nó da vida de Lola, a terrível e mimada Callíope, que compete patinação artística. Temos também a melhor amiga de Lola, Lindsey e... (Deixei o melhor para o final)... Anna e St. Clair!

SIM, DEUSES, SIM! ANNA E ST. CLAIR APARECEM NESTE LIVRO.
Eles estão noivos e trabalham com Lola no cinema. Só quem leu Anna e o beijo francês sabe como a paixão pelos filmes é grande. 



"Meus olhos se abrem, e meu coração está na minha garganta. — Cricket... Eu não sou isso.
Ele para de colocar grampos no meu cabelo. — O que você quer dizer?
— Você construiu essa idéia sobre mim, este ideal, mas eu não sou essa pessoa. Eu não sou perfeita. Estou longe de ser perfeita. Eu não mereço uma história tão bonita.
— Lola. Você é a história." 


Para finalizar: o livro tem um enredo incrível que prende o leitor do começo ao fim, você não conhece apenas a protagonista, mas o passado de outros personagens também são aprofundados. Ótimo livro para ler em uma tarde. Sem deixar "pontas soltas" ou "assuntos mal resolvidos" entre personagens.





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