terça-feira, 28 de janeiro de 2014

10% Multiplayer: Finale



Nome do Mundo: Finale
Universo: Hush Hush.
Do Mesmo Planeta:
1°: Sussurro.
2°: Crescendo. 
3°: Silêncio.
Criadora: Becca Fitzpatrick.
Trouxe aos Terráqueos Brasileiros: Intrínseca.
Dimensão: 301 páginas.
Onde Obter: Saraiva - Submarino - Livraria Cultura - PDF or PDF².
Relatório Completo: Skoob.
Sinopse: Nora e Patch pensavam que seus problemas tinham ficado para trás. Hank estava morto, e seu desejo de vingança não precisava ser levado adiante. Na ausência do Mão Negra, porém, Nora foi forçada a se tornar líder do exército nefilim, e era seu dever terminar o 
que o pai começara — o que, essencialmente, significava destruir a raça dos anjos caídos. Destruir Patch. Nora nunca deixaria isso acontecer, então ela e Patch bolam um plano: os dois farão com que todo mundo acredite que não estão mais juntos, manipulando, dessa forma, seus respectivos grupos. Nora pretende convencer os nefilins de que a luta contra os anjos caídos é um erro, e Patch tentará descobrir tudo o que puder sobre o lado oposto. O objetivo deles é encerrar a guerra antes mesmo que ela venha a eclodir. Mas até mesmo os melhores planos podem dar errado. Quando as linhas do combate são finalmente traçadas, Nora e Patch precisam encarar suas diferenças ancestrais e decidir entre ignorá-las ou deixá-las destruir o amor pelo qual sempre lutaram.

ANTES DE TUDO, DEAR HUSHERS, este é o último volume da série, então falamos do enredo dos outros livros naturalmente, em outras palavras, SPOILERS DOS VOLUMES ANTERIORES. Mas como somos tão anjos caídos como Patch, avisaremos quando revelarmos o conteúdo DESSE livro. Now, se preparem para batalha AINDA MAIS SANGRENTA DO QUE NEPHILINS E FALLEN ANGELS! Sim, quero dizer eu e Isa. E que a DÉCIMA EDIÇÃO DO MULTIPLAYER começe! 
**Para ver os spoilers sobre Finale, clique e arraste o mouse** 

Eu TINHA de tweetar isso, era mais forte que eu!

“– Concordo – disse ele. – Você merece alguém melhor. Mas está presa a mim e é bom se acostumar com isso. – Com um movimento ágil, ele me puxou para junto de si e rolou por cima de mim, os olhos negros bem sedutores. – Só para que não esqueça, não tenho nenhuma intenção de deixar você escapar facilmente. Não vou ligar se outro homem, sua mãe ou os poderes do inferno tentarem nos separar, não vou facilitar as coisas e não vou dizer adeus.”

ROUND ONE: Sobre o enredo/Visão geral:

Bea: Ignore essa Nora com cara de Kristen e esse Patch fajuto da capa. Eu ainda estou tão envolvida na história e apaixonada pelo final que aquele lance de "Nem tenho palavras" não vai rolar. Está mais para "Vou me controlar para não escrever uma bíblia". Right, depois de dois livros um tanto morninhos, pois para mim Becca perdeu totalmente o rumo que ela iniciou em Sussurro, aqui as coisas acontecem sem TANTO mimimi. Nops, Patch e Nora FINALMENTE se entenderam, e isso foi a base para que o foco passasse para coisas importantes. O Cheshvan está chegando e logo os anjos caídos vão poder possuir os corpos de nephilins que foram forçados a jurar lealdade. Cansados desse mesmo abuso se repetindo ao longo dos séculos, guerra torna-se uma palavra cada vez mais apoiada. Nora agora é a líder dos nephilins, já que seu pai, o Mão Negra, lhe entregou este fardo antes de morrer (papai legal esse hein). Mas, ops, namorar um anjo caído não faz muito bem para a imagem de um líder nephilim (Dê o Patch para mim e seus problemas acabarão!). Divida entre lutar pela libertação de sua raça ou ouvir os conselhos dos anjos caídos, o fim dos conflitos que separam Patch e Nora parecem não ter fim.

“A tentação de voltar e lutar cresceu de repente dentro de mim. Os nefilins tinham direitos. Eu tinha direitos. Nossos corpos não pertenciam aos anjos caídos. Eles não tinham um motivo justo para nos possuir.”

Isa: Enfim, depois de Silêncio, o 2° melhor livro da série, em minha opinião (sem pedras!), eu estava louca para ler Finale, acompanhar logo o desfecho da história e se eu iria jogar o livro na parede ou dormir abraçada com ele. Apenas por Nora finalmente ter descoberto algumas coisas que a atormentavam nos últimos livros anteriores, e até eu.
Um juramento feito em Silêncio a compromete completamente. Liderando um exército deixado pelo seu pai, Mão Negra. Isso significa ficar contra Patch.

“— Bela fantasia – ele disse

— Idem. Posso dizer que você pensou muito na sua. –

Ele curvou a boca em divertimento 

– Se você não gosta, eu posso tirar. —

Eu bati no meu queixo pensativamente. – Essa deve ser a melhor proposta que eu tive essa noite. —

— Minhas ofertas são sempre as melhores, Anjo. –”



ROUND TWO: Sobre os personagens/Desenvolvimento:

Bea: Virar uma nephilim imortal fez MUITO bem a Nora. Ela deixou de ser a total mocinha em apuros e virou capaz de defender o próprio traseiro (sim, sou menina e falo traseiro, me processem). Desde Sussurro ela vem passando pelos mais arriscados tipos de situação, e aqui ela os encarou sem tanta reclamação, apenas uma parte da rotina da qual já se acostumado. É bem notável sua troca de prioridades de nerd dedicada a escola para aulas de treinamento onde aprende a controlar mentes, saltar sobre rochas... enfim, o básico. 
Agora, minha parte preferida de todos os quatro livros, uma dica: 5 letras. Yup, PATCH! Isa irá dizer que Patch está muito ciumento e grudento. But aqui temos a essência do Patch de Sussurro, my opinion. (O engraçado da série Hush Hush é que em cada livro você constantemente se pergunta se os personagens vão continuar como são ou suas personalidades irão mudar drasticamente). Com suas cantadas casuais e jeito mais do que sedutor (totalmente sexy sem ser vulgar nn), eu nãi conseguiria, transcrever Patch por completo aqui. Só basta observar que o que tem de irresistível não falta em caráter. E antes que meu round fique imensamente grande, Vee continua a velha Vee tarada por donut's. Eu só achei um tanto forçado a revelação de um de seus segredos, PQP, VIRAR NEPHILIM AGORA?, digo mesmo! E finalmente Scott virou um personagem digno de ser lembrado, fazendo o papel do "serei seu irmão mais velho, Nora" com direito a ótimas tiradas!, pois em Crescendo e Silêncio ele era ignorável. Okay, acho que já excedi meu limite, deixo para Isa o papel de falar sobre Rixon e Dante, já que para mim ambos ficam melhores acorrentados no inferno. 


“– Então por que você está se afastando? E por que Vee está parecendo uma fábrica de perfume? – Fiquei quieta até que ele entendesse – Ah – disse Scott finalmente.
Eu estendi as mãos.
– Meu trabalho aqui está feito.”

“— Algumas pessoas vivem suas vidas inteiras sem sentir as emoções que você tem me dado. Não há arrependimento nisso. – ”

Isa: Sobre os personagens eu devo admitir: WHAT THE HELL YOU DID WITH PATCH, BECCA??? Sério, em algumas partes do livro eu quase não reconheci Patch! Ele parecia mais com Travis de Belo Desastre, de tão possessivo que ele se tornou em relação a Nora, quase se confundindo com uma babá em tempo integral. Bacon!
Para salvar, Nora deixou a sua essência a lá Bella Swan e ficou mais forte e mais independente, graças ao treinamento de Dante nas primeiras horas da manhã e talvez pela bebida azul. Vee continua como... Vee, impossível ela deixar aquela personalidade que eu simplesmente amo. Quanto a Scott, devo admitir que não sou fã dele, vocês sabem que eu amo Rixon de paixão :v.

“— Pronta? –

Apesar do clima sombrio, eu sorri e estalei meus dedos. – Pronta para lutar com meu namorado deslumbrante? Oh, eu diria que estou pronta para isso. –

Divertimento suavizou seus olhos.

— Vou tentar controlar onde colocar minhas mãos, mas no calor das coisas, quem sabe o que pode acontecer? – eu adicionei.

Patch sorriu. 

– Parece promissor. – ”


Assim será eu eternamente depois DAQUELE final.

LAST ROUND: Sobre o desfecho/Prestou?

“— No match for Patch.”

Bea: Resisti a tentação de escrever o final do livro para vocês, pois achei que estragaria a emoção de quem ainda não leu. Só para sentirem meu drama: eu relia umas 5 vezes por dia, no kidding. Mas ainda tenho algumas observações: mesmo estando in love, não consigo me fingir de cega, Becca deixou alguns furos e remendos mal feitos. A revelação do detetive Basso como arcanjo foi mais que forçada e serviu apenas para dar ao Patch a capacidade de sentir fisicamente, afinal, ele é um arcanjo, acima dos anjos caídos, faz sentido não? Mas eu vejo que foi meio necessário, afinal, o final não teria sido tão AWWWW). STILL ALERT SPOILER: e a morte de Scott, soou para mim mais como "Alguém tem que morrer, se não o livro não vai prestar. Ah, escolho o Scott, fim."E por mais secundário que a mãe de Nora fosse, tanto que nem lembro o nome, achei que ela virou uma peça solta no livro todo. E tudo acabou bem, como era previsto. Eu não tenho muito o que dizer sobre o Devilcraft, apenas que é uma espécie de drogas para nephilims e;e (não é permitido campanha para legalização). YUP, JUST MORE ONE SPOILER, NÃO TÃO GRAVE, MAS AINDA SIM: a parte do falso término de Patch e Nora foi impagável! Se Patch já é tudo aquilo apenas sendo Patch, imaginem quando ele tenta parecer bêbado e uma amostra grátis de cafajeste? E.E. Well, aproveitem a chuva de quotes.

“Segurar-me numa memória fantasma era melhor do que viver sem ele.”

Isa: Quando tudo se ajeitou, ocorreu a guerra e tals.... OH MY BACON! VALEU ESPERAR TANTO POR ESTE LIVRO! M-U-I-T-A-S revelações que eu nunca pensaria! Becca me deu um tapa na cara com este desfecho (momento deprê em que você olha seus manuscritos e percebe que nunca vai chegar aos pés da diva :v). Li alguns spoilers antes do livro chegar em minha casa, mas é claro que alguns ficaram de fora. A morte de um personagem querido não me abalou, nem um pouco.
Nora revê seus conceitos de "inimigos" e eu também. Revelações em especial sobre Vee e Detetive Basso realmente me surpreenderam e me deram mais vontade de reler a saga para perceber se havia uma pista que eu deixei passar.
E para melhorar... RIXON COME BACK! (Cause I smoke all you bitches). Mesmo que tenha sido por menos de duas páginas, eu gostei de rever meu personagem favorito (e espero com toda a força que Becca faça um spin-off sobre ele). Quando a poeira abaixou, nos restou apenas Patch cheio de amor para dar a Nora (momento ódio das fãs haha'). E finalmente SPOILER ALERT, Patch sente o toque humano após um lindo juramento..
Ps: A carta de Patch para Nora não está inclusa na versão br, assim como um capitulo extra que contém em Silêncio. Sacanagem, não? (Bea here! Mas caso vocês queiram ler, como se fosse possível uma Husher não querer, aqui está o link para carta do Patch e o link para o capítulo extra de Silêncio. Surtos liberados!)
Sim, o final valeu a pena, lembro do aperto em que senti quando li a última frase.
"I undress to impress".

Agora só nos resta as filmagens de Sussurro finalmente começarem :v

“Eu e a normalidade nos tornamos perfeitas estranhas recentemente.”






segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Livros Entre Linhas: Jardim de Inverno



Nome do Mundo: Jardim de Inverno
Único em Seu Universo.
Dimensão: 416 páginas. 
Criadora: Kristin Hannah
Data de Nascimento: 
BRA:  2013 / US: 2010.
Trouxe aos Terráqueos Brasileiros: Novo Conceito.
Onde Obter: Saraiva - Submarino - Livraria Cultura - PDF 
Relatório Completo: Skoob
Sinopse: Meredith e Nina Whiston são tão diferentes quanto duas irmãs podem ser. Uma ficou em casa para cuidar dos filhos e da família. A outra seguiu seus sonhos e viajou o mundo para tornar-se uma fotojornalista famosa. No entanto, com a doença de seu amado pai, as irmãs encontram-se novamente, agora ao lado de sua fria mãe, Anya, que, mesmo nesta situação, não consegue oferecer qualquer conforto às filhas. A verdade é que Anya tem um motivo muito forte para ser assim distante: uma comovente história de amor que se estende por mais de 65 anos entre a gelada Leningrado da Segunda Guerra e o não menos frio Alasca. Para cumprir uma promessa ao pai em seu leito de morte, as irmãs Whiston deverão se esforçar e fazer com que a mãe lhes conte esta extraordinária história. Meredith e Nina vão, finalmente, conhecer o passado secreto de sua mãe e descobrir uma verdade tão terrível que abalará o alicerce de sua família… E mudará tudo o que elas pensam que são. 

ANTES QUE VOCÊS IGNOREM ESSA RESENHA IGUAL EU FIZ A ESSE LIVRO, COM DIREITO A CARETA,  DURANTE QUASE UM ANO. Ignorem (não eu, please... pelo menos não ainda) no lugar a capa. Ignorem essa sinopse cafona e piegas. Ignorem a frase de chamada que dá vontade de enterrar o livro em um sebo. Ignorem o título super animador. IGNOREM, IGNOREM, IGNOREM. Apenas abra o livro e dê uma chance ao menos para o prólogo. Será uma sábia decisão, eu mais do que ninguém posso afirmar isso.


“Seguiu em frente. Ultimamente, esse parecia ser o melhor jeito de lidar os as coisas.”

Não sei como começar essa resenha, (nossa, que frase original, vou cobrar direito autorais). Esse foi um livro que exigiu da minha paciência e no final, exigiu esforços para não derramar lágrimas. É uma história dentro de uma história, ao mesmo tempo que tudo não passa de uma única história formada pelo entrelaço destas. OKAY, vou parar de enrolar e ir direto para história (quantas vezes já disse "história?"), mas saibam que por mais que eu explique, o verdadeiro bônus do livro são os sentimentos postos em jogo. Toda uma junção de passado e a verdade que ele carrega. TÁ PAREI.



“Apoiar-se nos outros em busca de conforto nunca fora natural para ela. A última coisa que queria era dar a alguém o poder de machucá-la.”

Once upon a time, duas irmãs que cresceram com o constante sentimento de frustração. Por mais que tentassem conhecer a mãe, a resposta era sempre fria, isso quando havia uma resposta. Apenas o pai conseguia manter a família conectada, a única pessoa com que a mãe Anya conversava e as filhas se apoiavam.
 O tempo passou e todos foram tomando caminhos diferentes. Meredith, a mais velha, seguiu por um futuro mais tradicional casando-se com seu melhor amigo de infância, (Jeff para os íntimos), tendo duas filhas e trabalhando nos negócios do pai, administrando tudo. Enquanto Meredith é conhecida por ser perfectionista, Nina, a caçula, é a rebelde, fotógrafa profissional que viaja constantemente pelo mundo e só de vez em quando volta para casa, mostrando sinal de vida.
“Como palavras poderiam suavizar uma dor assim?”

A gota d'água nas tentativas de falar com a mãe aconteceu quando Meredith, Nina e Jeff eram jovens e ambos tentaram encenar uma peça adaptando a história que a mãe contava para elas à noite. O resultado foi um desastre, mas a verdadeira catástrofe aconteceu no coração das irmãs, que a partir de então desistiram completamente de tentar se aproximar da mãe.



“Vera ainda estava tecendo suas belas palavras, mudando o mundo ao redor delas da única forma que consegue.”

Ambos seguiam seus rumos na loucura da vida, quando o pai teve um ataque cardíaco e faleceu, levando consigo uma promessa de cada uma: Anya deveria terminar de contar a história completa para elas, enquanto as irmãs deveriam continuar tentando conhecê-la. Altas tretas confusões garantidas.


“Havia mais palavras, claro, centenas delas, e ela sabia quando as diria, mais tarde: de noite, quando estivesse sozinha e desconectada.”

O problema (um dos na verdade), era que Meredith e Nina já tinham seus próprios problemas em suas vidas pessoais: O casamento de Mere (só para os íntimos u.u) com Jeff estava por um fio e Nina não conseguia se fixar em apenas um lugar, mas também a uma pessoa.

“Estava realmente cansada de ser aquela em que tudo estourava.”

Intervalo (aproveite para esticar as pernas. Não é só os dedos que precisam de exercitar, sabe). Certo, acabou o intervalo, let's work, bitch.


A história do livro é bem rica e real. Quase tangível. Como se eu fosse um fantasma acompanhando o desenvolvimento da família, (mas eu realmente sou um fantasma, então desconsidere isso). Mas a coisa que mais me irritou EVER e me fez fechar o livro para respirar um pouco e aliviar a vontade de estrangular ou tacá-lo na parede, foram os personagens I-N-T-R-A-G-Á-V-E-I-S até mais da metade do livro
Estou começando a chamar isso de "Síndrome da Tris" (da trilogia Divergente). Sabe, aquela personagem que tem que ficar forte o tempo INTEIRO, que não pode ceder, não pode chorar, não pode abraçar, SÓ PODE VIVER AGINDO COMO UM ROBÔ COM FALHA NA PROGRAMAÇÃO. Eu também não suporto personagens mongos, mas será que só existem extremos? Please, autores, não sejam 8 ou 800, eu/leitores de todo o planeta agradecem. Mas depois eles viram GENTE DE VERDADE e o chip implantado em suas mente com "Stay Strong" como único comando para de funcionar. Mas, (não vou admitir abertamente, mas é isso mesmo), se não fosse todo esse sufoco, não sei se o final traria toda emoção e alívio que senti. MAS NÃO ADMITO ISSO E PONTO FINAL.


“ – Às vezes, a porta simplesmente se fecha com uma batida, sabe? E você fica sozinha.”

Right, eu não posso falar muito sobre a história, pois é muito fácil sair spoilers indesejável. Além do mais, acho que esse é um tipo de livro que toca as pessoas de maneiras diferentes dependendo de suas experiências. (Ou seja, do quanto você é calejado, viva com isso). Só posso acrescentar que conforme você vai se aprofundando na história, é como passar por várias camadas até o interior dos personagens. Sim, você entra na cebola que é o coração das pessoas! Ou ogros. Camadas de dor enterrada, de ressentimentos que todos fingiram superar e esquecer. Uma mãe que lamenta não ter sido uma mãe por completo, mas seu passado roubou isso dela e de suas filhas. E agora elas tentam contornar o "It's too late" ao mesmo tempo que não é aquela velha história de superação. Bela e única diferente de tudo que já li. O negócio chamado "inovação".


“Como era possível que sua vida inteira fosse destilada nessa verdade tão simples? As palavras importam. Sua vida fora definida por palavras ditas e não ditas, e agora seu casamento era ameaçado pelo silêncio.”

Depois desse livro, pesquisei sobre outros livros da autora, (marquei Vou Ler no Skoob e.e), pois o "superar expectativas" soa como pular sobre um graveto comparando o que eu esperava e o brilhantismo que veio. Eu senti a dedicação da autora, (que carinhosamente chamarei de Hannah), tanto no conteúdo histórico quanto o cuidado com a formação e desenvolvimento de diálogos e personagens. And a narrativa é em 3° pessoa, mas o fato de a autora escrever "Mamãe" ou "Papai" no lugar dos nomes, dá uma proximidade geralmente falha nesse tipo de narrativa.


“Cada escolha mudava a estrada pela qual se seguia e era fácil demais terminar indo na direção errada. Às vezes, se estabelecer podia ser apenas desistir.”

Ah sim, sobre o trabalho da editora: ignorando a capa, as páginas possuem uma textura áspera legal e são mais grossas que a maioria. Resultado? Facilita a vida na hora de virar. O que me incomodou foi que achei as bordas que ficam na divisa do livro muito internas, então tive que fazer um espacate com o coitado de tanto que puxei. Detalhes, detalhes.

“— Eu sinto tanta falta deles – Mamãe disse, e então começou a chorar. Por quanto tempo havia retido essa frase simples com a força de vontade, e qual seria a sensação de finalmente dizê-las?
Sinto falta deles.
Poucas palavras.
Tudo.”

Well, como não é um livro muito divulgado, infelizmente, é meio difícil achar fan-arts dele. Então dependente da câmera de SUPER qualidade do meu celular, aqui está a nota, FOUR BUTTERFLIES! Seria cinco fácil, mas os personagens não colaboraram no começo :P



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domingo, 26 de janeiro de 2014

Livros Entre Linhas & Depósito da Pipoca: O Iluminado



Heeeeeey people! Finalmente perdi a preguiça... Ou parte dela e arranjei um tempo para resenhar este especial. Enjoy it!


Nome: O Iluminado.
N°páginas: 313.
Autor: Stephen King.
Editora: Objetiva.

Duração: 2h 26min.
Diretor: Mark Herman.
Elenco: Jack Nicholson, Shelley Duvall, Philip Stone
Gênero: Terror, Suspense
Nacionalidade: Reino Unido.
Lançamento: Livro: 1977 /Filme: 1980
Relatório: Livro / Filme (1°versão).
Sinopse filme: Durante o inverno, um homem (Jack Nicholson) contratado para ficar como vigia em um hotel no Colorado e vai para lá com a mulher (Shelley Duvall) e seu filho (Danny Lloyd). Porém, o contínuo isolamento começa a lhe causar problemas mentais sérios e ele vai se tornado cada vez mais agressivo e perigoso, ao mesmo tempo que seu filho passa a ter visões de acontecimentos ocorridos no passado, que também foram causados pelo isolamento excessivo.


Sobre o livro.
É a segunda obra de Stephen King que eu leio (depois de Carrie, a Estranha), por que eu realmente gostei da atmosfera que o autor cria em suas obras. Um verdadeiro terror psicológico se instaura em O Iluminado.
Jack Torrence arranja um emprego como zelador do hotel Overlook. Ele se muda com a família para o Hotel, assim ele cuida do lugar em tempo integral. A descrição em si do processo me dá medo, não por que o lugar é descrito como assombrado, mas a história do Overlook é meio perturbadora.
Danny é o filho do casal Torrence e ele é Iluminado. Isso quer dizer que ele consegue ver coisas, e a primeira vista o hotel Overlook não parece ser um bom lugar para se viver.
A coisa esquenta quando a família enlouquece dentro daquele hotel, presos no alto da colina (localização do hotel) pela nevasca. Jack Torrence começa a beber novamente (ele tem problemas alcoólicos) e Wendy sente que precisa se proteger do seu próprio marido.
A família então começa a ver um baile que aconteceu no Hotel há muitos anos, e uma mulher que morreu no quarto 237. Jack Torrence enlouquece por completo.

Sobre o filme: Versão de 1980.


O Iluminado : Foto Stanley Kubrick


É a versão mais clássica do filme.  A capa do já me dá medo, com os olhos esbugalhados de Jack.

Minha primeira impressão da versão foi que ele focou mais nos dons de Danny, o que não é algo ruim, já que o diretor, Stançey Kubrick é perfeccionista (my bro!). A cena em que Wendy está tentando afastar Jack nos degraus na recepção com um taco foi gravada várias vezes.




Outro ponto positivo foram as cenas como as irmãs gêmeas que só Danny consegue ver, e o sangue inundando um dos corredores do hotel. 
Apesar de toda a tensão, só ocorre um assassinato em todo o filme.

O Iluminado : Foto Shelley Duvall, Stanley KubrickNos passeios de Danny pelos corredores, você fica na expectativa de sempre encontrar algo a cada virada que ele faz, e a música de fundo aumenta a tensão. Uma das cenas mais incríveis do filme é quando Danny escreve Redrum (MURDER ao contrário) na porta, totalmente em transe.

Warning!
Apesar de o filme ser ótimo, ele não é fiel ao livro! Alguns detalhes o deixam "infiel". Como, por exemplo, o labirinto que aparece no final do filme.
-No livro são arbustos em formas de animais;
-Jack utiliza um machado, enquanto no livro é um taco de roque;

O Iluminado : Foto Stanley Kubrick
-SPOILER ALERT! O chef de cozinha não morre no livro, mas no filme ele morre facilmente;
-STILL A SPOILER ALERT! Jack morre no labirinto na versão do filme, enquanto no livro ele morre na explosão do Overlook, enquanto Wendy, Danny e Sr. Halloran fogem do Hotel.








Versão de 1997.

Vi apenas algumas partes desta versão, como o final apenas para comparar com o final da versão mais antiga. E a primeira vista eu... Detestei! Mas quem busca fidelidade ao livro, é uma boa opção.
O garoto que interpreta Danny nesta versão não tem nada de assustador. Vamos lá, é um filme de terror! Uma versão trash, e muito Hollywoodiana estragou a visão que eu tinha do livro.
Enquanto os autores da versão de 1980 parecem ter se empenhado mais na atmosfera assustadora (claro que a trilha sonora do filme ajuda).

Outro ponto é: a primeira versão foca mais na atmosfera assustadora, mostra detalhes do hotel, enquanto a segunda versão recorre a mais diálogos do que cenas do próprio hotel.

Uma das cenas do filme de 1980:


E o filme completo da versão de 1997:




quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Especial Livros Entre Linhas: O Diário de Anne Frank


Nome do Mundo: O Diário de Anne Frank.
Único em Seu Universo.
Dimensão: 317 páginas.
Criadora: Anne Frank.
Data de Nascimento: 
BRA: 1947.
Trouxe aos Terráqueos Brasileiros: Galera Record.
Onde Obter: Saraiva - Livraria Cultura - PDF
Relatório Completo: Skoob.
Sinopse: "12 de junho de 1942 - 1° de agosto de 1944. Ao longo deste período, a jovem Anne Frank escreveu em seu diário toda a tensão que a família Frank sofreu durante a Segunda Guerra Mundial. Ao fim de muitos dias de silêncio e medo aterrorizante, eles foram descobertos pelos nazistas e deportados para campos de concentração. Anne inicialmente seguiu para Auschwitz e mais tarde para Bergen-Belsen."









Bea: Acredito que todos conheçam a história de Anne Frank. Não precisa nem te lido ou assistido ao filme. Sendo assim, achei que seria por demasiado enfadonho fazer uma resenha mundana e mergulhada em mesmice explicando o que todos já conhecemos. Por isso, enquanto lia o livro (pois sim, foi minha última leitura de 2013), anotei inúmeros trechos e decidi fazer esse especial transcrevendo-os aqui. SURPRISE!
O tema Segunda Guerra Mundial sempre foi uma fascinação para mim, então era uma vergonha admitir que eu nunca tinha lido esse livro, adicionando a enorme vontade de ler que já estava me corroendo por dentro! (MAS ENFIM, ESTOU LIBERTA!). É uma sensação de uma triste esperança quando eu via o final chegando, sabendo o que ele representava ao mesmo tempo que alguma coisa se mantinha viva em mim (I JUST CAN'T CONTINUE WITH THIS. IT'S TOO MUCH FOR ME.)

Fiquem com o comentário da Isa, e logo em seguida (frases chamada de programa) os quotes/páginas inteiras transcritas:

Isa: Hey booklovers! Estão sofrendo com o calor tanto quanto eu? I knew it! It's so so so hot, OMB (oh my bacon).
Não sei ao certo quando eu li O Diário de Anne Frank, mas ele pareceu se encaixar perfeitamente no meu momento deprê da época, por quê a solidão de Anne era tão dolorosa quanto a que eu estava sentindo quando a li, e não importa quantas vezes eu reler o livro, irei sentir isso.
O enredo do livro é sem muito "um gato passou voando pelo meu carro" (e com isso quer dizer que o livro é desprovido de ficção), acontece em tempo real.
Outro ponto para eu gostar tanto do livro é o fato de se passar em.... Amsterdã! Tão linda Amsterdã.
Um pequeno detalhe que eu não gostei foram as menções de Anne para Kitty constantemente, isso me confundiu um pouco, mas logo depois que eu vi o filme, entendi melhor o enredo. Além de é claro chorar litros vendo o filme.
Peter and Anne.... OMB.

O mais triste do livro não é que ela morreu, mas sim que a obra dela foi reconhecida apenas depois de sua morte, que foi meses antes da libertação do campo. Ao contrário de A Vida em Tons de Cinza e A Menina que Roubava Livros, Anne não sobreviveu (pausa para segurar o choro).

Trechos retirados do Diário por ordem de aparição. Lembrando que as passagens foram escritas ao longo de 2 anos:


"Quando escrevo sinto um alívio, a minha dor desaparece, a coragem volta... Ao escrever sei esclarecer todas os meus pensamentos, os meus ideias, as minhas fantasias."

"Apetece-me escrever e quero aliviar o meu coração de todos os pesos. O papel é mais paciente do que os homens"

"Vou-me explicar melhor, pois ninguém pode compreender uma rapariga que treze anos se sinta só. É de fato uma coisa estranha."

"Não me é possível abri-me, sinto-me como que "abotoada". Pode ser que esta falta de confiança seja defeito meu. Mas não há nada a fazer e tenho pena de não poder modificar as coisas."

"No amor ninguém manda."

"Estas perguntas não me era permitido fazê-las em voz alta, mas andavam-me constantemente na cabeça."

"Sempre compreendi melhor as minhas amigas do que compreendo a minha própria m~e. É lamentável."

"Ainda me falte a capacidade de traduzir tudo isso em palavras."

"Quando estou deitada na minha cama, cama tão quente e confortável, enquanto as mais queridas amigas sofrem lá fora, talvez expostas ao vento e à chuva, mortas até, sinto-me quase má. Tenho medo ao pensar em todas as pessoas às quais tanta coisa me liga e ao lembrar-me de que estão entregues aos mais cruéis carrascos que a história dos homens já conheceu. E tudo isso só por serem judeus!"

"Depois adormeço com a ideia tola de querer ser diferente do que sou ou de que não sou como queria ser e de que faço tudo ao contrário. Queria agir de outra maneira e não ser como eu."

"Há crianças, cá no quarteirão, que andam de blusinhas levez, de socos e sem meias, sem sobretudos, sem boinas ou luvas. Têm o estômago vazio, mastigam cenouras, fogem das casas frias para as ruas úmidas e ventosas, e estudam em escolas sem aquecimento. Mas as crianças pedem pão às pessoas que passam! Chegaram até este ponto as coisas na Holanda! Ouço falar durante horas a fio sobre matérias que esta guerra trouxe e fico cada vez mais triste. Não temos outro remédio senão esperar, calma e serenamente, o fim de tanta infelicidade. Esperam os judeus, esperam os cristãos. Esperam os povos de todo o Mundo... mas muitos esperam pela morte!"

"Deixem-me em paz! Então não me deixam passar uma única noite sem molhar o travesseiro de lágrimas? Não posso adormecer uma única vez sem que meus olhos ardam e a cabeça me pese centenas de quilos? Deixem-me! Queria-me ir embora, embora deste mundo! Mas para que serviria? Eles nada sabem do meu desespero! Nada sabem das feridas que me fazem! Já não suporto por mais tempo a compaixão e a ironia deles. Só queria mais era chorar! Acham-me exagerada quando abro a boca, ridícula quando me calo, malcriada quando dou uma resposta, manhosa quando tenho uma boa ideia, preguiça quando estou com sono, egoísta quando me sirvo mais um tudo nada, estúpida, covarde, interesseira, etc, etc. Todo o dia tenho de ouvir que sou uma criatura insuportável, e poder crer: embora me ria ou finja não ligar importância, nada daquilo me é, em boa verdade, indiferente. Bem eu queria pedir a Deus uma outra natureza que não irritasse tanto os outros. Mas é impossível. E de resto, se sou assim, sino, no entanto, que não sou má. Faço muito mais esforços para lhes agradecer a todos do que eles imaginam. Rio-me com eles só para não lhes mostrar a minha dor íntima."

"Quanto a mim, continuarei calada e fria e nunca terei medo da verdade. É sempre melhor não adiar o que tem de ser dizer."

"Quem me dera estar longe daqui, quem me dera poder fugir!"

"Sinto-me como um pássaro a quem cortam as asas e bate contra as grades da gaiola estreio. Em mim soa como que um grito: Para fora!"

"É aborrecido ser-de dependente da disposição do momento."


"Não consigo já imaginar que o Mundo posso voltar a ser para nós o que era antes. Digo muitas vezes: "Depois da guerra". Mas digo-o como se se tratasse de um castelo no ar e não de um tempo que se tornará, algum dia, para mim realidade. Quando penso na nossa vida em casa, na escola, com todas as suas alegrias e sofrimentos, em tudo o que era "antigamente"; tenho a sensação de não ter sido eu quem viveu essas coisas, mas sim uma estranha, alguém totalmente diferente. Vejo-nos a nós aos oito do anexo, numa pequena nuvem, claro e azul, na meio de outras nuvens pesadas e escuras. O nosso lugar ainda é seguro, mas as nuvens estão a ficar cada vez mais densas e o círculo que nos separa do perigo tão próximo, vai-se apertando. Por fim ficamos todos de tal maneira envolvidos na escuridão que com o desejo desesperado de encontrar uma saída, esbarramos uns contra os outros. Olharmos para baixo onde os homens lutam, olhamos para cima onde há felicidade e paz. Mas estamos isolados por uma massa grande e impenetrável que nos barra todos os caminhos e nos encerra, como um muro invencível, um muro que nos destruirá quando a hora soar."

"O homem é de grande espírito. Mas mesquinho nas ações."

"Será possível que alguém me compreenda ou só vêem a mim a adolescente que não quer outra coisa senão divertir-se? Não sei e não posso falar sobre isso com ninguém, pois era capaz de desatar a chorar. Todavia... Seria um alívio poder chorar uma vez à vontade a despeito de todas as teorias, de todos os esforços, sinto a cada passo a falta de uma mãe que me compreenda. Por isso penso sempre, ao trabalhar ou ao escrever, que quero ser, mais tarde, para os meus filhos, aquela mãe que eu desejava ter, essa "mamsi" que não arranja logo uma tragédia com tudo o que se diz se intenção, mas que toma antes a sério o que preocupa os seus filhos intimamente."

"Uma pessoa pode sentir-se só, mesmo no meio de muita gente amiga, se souber que não ocupa um lugar muito especial no coração de alguém?"

"Sempre é melhor escrever estas coisas no papel do que magoar os sentimentos."

"Haverá quem adivinhe o que passa na alma de uma adolescente?"


"O Peter disse, e muito bem: - Quando eu te encontrava, via-te sempre com dois ou três rapazes e com um bando de raparigas, sempre a rir e divertida. Eras o centro. O que resta dassa rapariga? - Ainda não me esqueci de rir e de dar respostas. Ainda sei criticar as pessoas e. talvez até melhor do que antes, sei namoriscar se... me apetecer. Gostava de voltar a viver assim, só por uma tarde, uns dias, ou uma semana, despreocupada, mas no fim de semana estaria saturada e ficaria grata à primeira pessoa que me aparecesse a falar em coisas sérias. Não preciso de admiradores mas sim de amigos; não preciso de adoradores em troca de um sorriso, mas sim de alguém que dê valor à minha maneira de ser e ao meu caráter. Sei que assim terei menos gente à minha volta. Mas não importa, o principal é que me fiquem algumas pessoas de carácter."

"Quando sairei eu deste labirinto de pensamentos? Quando haverá calma e paz no meu coração?"


"Que sorte a minha poder escrever o que sinto. Se não fosse isto, sufocava, de certeza."

"É mais fácil exprimir-me por escrito."

"As pessoas que não escrevem não imaginam quanto prazer isto pode dar. Antigamente tinha pena de não saber desenhas. Mas agora sinto-me feliz por saber, ao menos, escrever. E se não tiver talento o suficiente para escrever livros ou artigos de jornal, enfim, sempre me restará escrever para meu próprio deleite. Quero vir a ser alguém. Não me agrada a vida que levam a mãe, a sra. Van Daan e todas essas mulheres que trabalham para, mais tarde, ninguém se lembrar delas. Além de m marido e filhos, preciso de mais alguma coisa a que me possa dedicar! Quero continuar a viver depois da minha morte. E por isso estou tão grata a Deus que me deu a possibilidade de desenvolver a meu espírito de poder escrever para exprimir o que nem em mim vive. Quando escrevo, sinto um alívio, a minha dor desaparece, a coragem volta. Mas pergunto-me: escreverei alguma vez coisa de importância? Virei a ser jornalista ou escritora? Espero que sim, espero-o de todo o meu coração!"

"Tenho medo de mim própria."

"Oh, como tudo isto é difícil! O coração e o juízo, e sempre a luta entre os dois. Cada um deles fala no momento próprio."

"Tu talvez não possas compreender que aqui surja tantas vezes a pergunta desesperado: porquê e para quê é esta guerra? Por que é que os homens não podem viver em paz? Para quê tantas destruições?"

"Por que é que na Inglaterra se constroem aviões cada vez maiores, bombas cada vez mais pesadas e, ao mesmo tempo, se reconstroem filas de casas? Por que é que se gastam todos os dias milhões para a guerra, se não há dinheiro para a medicina, os artistas e os pobres? Por que é que há homens a passar fome se, em ouros continentes, apodrecem víveres? Por que é que os homens são tão insensatos?"

"O homem nasce com o instinto de destruição, do massacre, da fúria, e enquanto toda a Humanidade não sofrer uma metamorfose total, haverá sempre guerras. O que se construiu e cultivou e o que cresceu será destruído, e à Humanidade só resta recomeçar.



"Sempre me propus viver uma vida diferente das raparigas em geral, do mesmo modo como também não me agrada para o futuro a vida banal das donas de casa."

"Sou jovem e com certeza ainda há em mim boas qualidades por despertar; sou jovem e forte e vivo consciente esta grande aventura. Por que hei-de lamentar-e todo o dia?"

"Oh! Estes estúpidos adultos. Deviam mais é começar a aprender as coisas em vez de andar a criticar constantemente as crianças!"

"Pergunto-me muitas vezes se não teria sido melhor, para todos nós, não temos "mergulhado" e estarmos mortos sem precisar de sofrer toda esta miséria, sobretudo sem termos exposto os nossos protetores a tantos perigos também. Mas, no fundo, não queremos aceitar tal ideia, porque ainda amamos a vida, não nos esquecemos ainda da voz da natureza, ainda esperamos, esperamos que aconteça algo de bom."

"O que tenho de mais incômodo no meu carácter é se eu a pessoa que mais me critica e censura."

'Sinto a falta de qualquer coisa de mais autêntico; e eu tenho certeza de que essa coisa existe."

"Não faças caso dos outros! Pode parecer egoísta mas, na realidade, é a única defesa para aqueles que são obrigados a consolar-se a si próprios."

 "Como poderei eu explicar-lhe, a ele, que aquilo que aparentemente é tão cômodo e tao bonito, o arrastará para o abismo, esse abismo onde já não há nem amigos, nem beleza, nem apoio, o abismo donde é quase impossível tornar a subir?"

"Eu não quero ouvir: "sintomas típicos.... outras raparigas... isto passa", etc. Não queria ser tratada como as raparigas, mas como um ser com personalidade própria, como a ANNE."



"Aquele que pretende afirmar que os mais velhos sofrem mais aqui no anexo do que nós, os jovens, não sabe ver até que ponto os problemas desabam sobre nós, problemas para os quais talvez ainda não tenhamos bastante idade, mas que se impõem de um modo violento. Em determinada altura julgamos ter encontrado uma solução, mas esta solução, de uma maneira geral, não resiste aos factos que são sempre tão diferentes. Eia a dificuldade do nosso tempo: mal começamos a germinar em nós ideias, sonhos, belas esperanças, logo a realidade cruel se apodera de tudo isso para destruir totalmente."

"Uma dá-me a minha alegria exuberante, as minhas zombarias a propósito de tudo, a minha vontade de viver e a minha tendência para deixar correr."

"Anne morreu em Março de 1045 no campo de concentração de Bergen-Belsen, dois meses antes da libertação da Holanda."

Isa: Deixo "linkado" o filme para vocês:








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