Here I am again! Minha paixão por livros é igualmente dividida por filmes. Ainda mais quando são adaptações literárias de clássicos. Para inaugurar o Depósito da pipoca (nome criado pela chefe, Bea. Obrigado Bea!), nada melhor do que a obra prima de Tolstói.
Titulo: Anna Karenina
Elenco: Keira Knightley, Jude Law, Aaron Johnson, Kelly Macdonald, Matthew MacFadyen.
Direção: Joe Wright.
Gênero: Drama
Nacionalidade: Reino unido.
Data de Lançamento: 2012
Sinopse: Século XIX. Anna Karenina (Keira Knightley) é casada com Alexei Karenin
(Jude Law), um rico funcionário do governo. Ao viajar para consolar a
cunhada, que vive uma crise no casamento devido à infidelidade do
marido, ela conhece o conde Vronsky (Aaron Johnson), que passa a
cortejá-la. Apesar da atração que sente, Anna o repele e decide voltar
para sua cidade. Entretanto, Vronsky a encontra na estação do trem, onde
confessa seu amor. Anna resolve se separar de Karenin, só que o marido
se recusa a lhe conceder o divórcio e ainda a impede de ver o filho
deles.
"O amor é fogo que arde sem se ver" , "essa
ferida que dói e não se sente". Não há outro verso se não esses de Luíz Vaz
de Camões que descrevam melhor Anna Karenina.
O romance russo de Liev Tolstói foi adaptado a primeira em
1935, logo depois em 1948, 1985, 1997 e recentemente em 2012, tendo como
protagonista nossa amada Keira Knightley (Orgulho e Preconceito) e Aaron
Taylor-Johnson que faz o par romântico com Keira.
Anna tem seu primeiro contato com o Conde Vronsky é marcado
por um suicídio de um indivíduo que se atira sob os trilhos da estação de trem.
Esse é o primeiro pressagio de Anna sobre Vronsky, e a partir daí o romance dos
dois está destinada á tragédia. Vale lembrar que Anna é casada com o
prestigiado Alexei Karenin com quem tem um filho.
Desde o primeiro beijo do Conde sob a mão enluvada de Anna é
só o começo de uma vida arruinada. A trama não gira só em torno de Anna e o
Conde, como também mostra uma pretendente de Vronsky, Kitty (Alicia Vikander)
que é logo esquecida pelo rapaz quando vê Karenina.
Todo o ardor do casal é demonstrado sem vergonha no baile,
durante uma dança coreografada com passos precisos e belíssimos, e naquele
momento o mundo parece ter parado, e mais ninguém naquele salão importava, nem
mesmo a frenética Kitty desesperada em partilhar uma dança com ele.
De volta a São Petersburgo, Anna naturalmente não consegue
esquecer o Conde, nem mesmo na presença do marido, e acaba cedendo facilmente aos
encantos de Vronsky até que ela finalmente seja infiel á Karenin - o marido,
naturalmente tenta impedir de cometer uma grande estupidez de ser vista com
outro homem, porque, naquela época, ser infiel ao marido era como cometer um
crime, ela seria desprezada pela sociedade.
Dito e feito. Anna é desprezada por todos da alta sociedade,
se encontrando ás escondidas com o Conde, e depois de sua gravidez, ela acaba
de expondo, aguentando á todos os comentários e insultos.
Por incrível que pareça, Alexei não faz escândalo sobre isso
por se importar demais com Anna.
Ao decorrer do filme é visível a tolerância da protagonista
sobre os rumores e insultos. Já Vronsky não aceita tão bem, apesar de amá-la.
Não há palavras melhores para descrever o cenário a não ser
teatral. O cenário do filme é criativo, não é muito usado paisagens ao ar
livre, não há outro filme que não mereça as indicações na categoria de Melhor
design de produção, melhor fotografia e melhor figurino.
A simplicidade de usar o mesmo teatro é o toque de
criatividade do filme, no mesmo teatro já foram arrumados o salão de baile, a
casa do irmão de Anna, o quarto do filho de Anna, e muitas vezes paisagens que
deveriam ser ao ar livre.
O figurino é nada mais do que maravilhoso. O inverno da Rússia
não impediu os personagens de usarem nada menos do que vestidos com espartilhos
apertados e joias exuberantes, e nada melhor para complementar o visual do que
um casaco caríssimo de pele.
E para quem sentiu saudades do adorável Sr. Darcy em Orgulho
e Preconceito, ele está presente no filme ao lado da Keira novamente, fazendo o
papel de irmão de Anna. Ele - Oblonsky - mostra-se muito preocupado com as
aparências sem ser de um jeito esnobe, e até ajuda um amigo á conquistar Kitty.
Konstantin Levin é um rapaz que vive no campo, e a humildade
é quase que inaceitável pela sociedade russa. Oblonsky o veste adequadamente
para Levin pedir a mão de Kitty que recusa o pedido pela primeira vez por estar
cegamente apaixonada por Vronsky e mais tarde se casa com Levin e está
realmente apaixonada por ele, afinal na época, não existiam
"namoros", eles faziam o estilo de tudo ou nada. Ou seja, casamento.
Os dois se mudam para o campo e tem uma filha.
Evidentemente
Anna não consegue suportar por muito tempo esse romance, o anulamento
do casamento com Alexei não foi permitido - uma vez unidos por Deus, só
Ele pode separar -, as críticas da sociedade contra a protagonista são
cada vez mais frequentes cada vez que ela faz uma aparição publica.
Para saciar sua fome, eis o trailer: