segunda-feira, 23 de junho de 2014

Livros Entre Linhas: Legend


Nome do Mundo: Legend.
Universo: Legend.
Do Mesmo Planeta:
2°: Prodigy
3°: Champion
Dimensão: 256 páginas.
Criadora: Marie Lu.
Data de Nascimento: 
BRA:  2012 / US: 2011
Trouxe aos Terráqueos Brasileiros: Prumo.
Onde Obter: Saraiva - Submarino - Livraria Cultura PDF
Relatório Completo: Skoob
Sinopse/Puro spoiler: A Verdade Se Tornará Lenda - Ambientado na cidade de Los Angeles em 2130 D.C., na atual República da América, conta a história de um rapaz – o criminoso mais procurado do país – e de uma jovem – a pupila mais promissora da República –, cujos caminhos se cruzam quando o irmão desta é assassinado e a ela cabe a tarefa de capturar o responsável pelo crime. No entanto, a verdade que os dois desvendarão se tornará uma lenda. O que outrora foi o oeste dos Estados Unidos é agora o lar da República, uma nação eternamente em guerra com seus vizinhos. Nascida em uma família de elite em um dos mais ricos setores da República, June é uma garota prodígio de 15 anos que está sendo preparada para o sucesso nos mais altos círculos militares da República. Nascido nas favelas, Day, de 15 anos, é o criminoso mais procurado do país; porém, suas motivações parecem não ser tão mal-intencionadas assim. De mundos diferentes, June e Day não têm motivos para se cruzarem – até o dia em que o irmão de June, Metias, é assassinado e Day se torna o principal suspeito. Preso num grande jogo de gato e rato, Day luta pela sobrevivência da sua família, enquanto June procura vingar a morte de Metias. Mas, em uma chocante reviravolta, os dois descobrem a verdade sobre o que realmente os uniu e sobre até onde seu país irá para manter seus segredos.

Salve, mochileiros! Para não fazer aquele clássico inicio-de-resenha-com-explicações-do-meu-sumiço, apenas digo que as férias estão ai e vocês já sabem qual é o sinônimo disso, dormir. ISSO MESMO, mais resenhas!

Pois bem, venho apresentar esse livro de rápida leitura, mas que consegue te fazer mergulhar nas páginas, que li recentemente para sair de uma ressaca literária das piores.

“É por isso que me odeiam, porque não sou o criminoso mais perigoso do país, e sim o mais procurado. Eu faço que eles pareçam ineficientes, pois não conseguem me capturar.”

Caso vocês tenham pulado a sinopse, o que espero fortemente que tenham feito, pois meus olhos quase sangraram quando eu terminei de ler os spoilers. Enfim, eu iria explicar a história de qualquer jeito. Sabe, supostamente isso é uma resenha, e não um charuto. </mad>

“Se me apanharem aqui e alguém descobrir o que estou fazendo, provavelmente me matarão. Sem fazer perguntas. Isso acelera meu coração.”

Com aquele ar de distopia, que ultimamente tem servido apenas como uma parte do plano de fundo, Legend é narrado por dois pontos de vista. De um lado há Day, um garoto que com apenas 15 anos se tornou o criminoso mais procurado de toda República. Oriundo de uma das partes mais pobres do país, (lê-se favela),  Day é altamente inteligente e fisicamente habilidoso. Já conseguiu escapar de perseguições com militares treinados. Mas todos possuem sua fraqueza, e a de Day é sua família. Sendo extremamente pobres, eles não possuem dinheiro para pagar vacinas contra as constantes pragas que atingem a população. As inspeções dos soldados são constantes, e a casa que tiver ao menos um membro da família infectado, é marcada com um X vermelho. (About Day: ele possui um nome normal sim, mas Day é sua "identidade secreta", e convenhamos que quando você descobre qual seu nome verdadeiro, fica na dúvida sobre o quão inteligente ele é para escolher um apelido tão óbvio, enfim).


“Digo a mim mesma: A lógica acima de tudo. A lógica sempre salva, quando nada mais salva.”


Vivendo na parte mais bem abastada, recendo a melhor educação possível, vacinas novas todo ano e sendo considerada a garota prodígio, June, de também 15 anos, tinha como objetivo se aprimorar cada vez mais para um dia combater as Colônias (Just calm down, i'll explain everything!). Em muito tempo, June foi a primeira a tirar a nota máxima na Prova que toda criança com 10 anos deve realizar. Por conta disso, durante sua narrativa, é nítida a forma extremamente analítica que ela vê o mundo. Cada detalhe pode fazer parte da cena de um crime. 
Tudo ocorria no máximo de normal que a vida de alguém em treinamento para ser um militar pode ser, (eita frase clichê, mas continuando), até que seu irmão é encontrado morto. Claro que isso foi jogar um fósforo ardente no tonel de vingança (minhas metáforas arrasam, XO), contra o acusado, que não é ninguém menos que Day, alguém que June guardava certa admiração pelos seus feitios retratados em jornais, sem nunca ser pego pelos militares. Mas agora é ela quem deseja fazer o serviço.

“Palavras parecem se prender na minha língua, e se recusam a sair.”

Premissa interessante, não é? (Aqui é a parte que vocês concordam com a cabeça, now). Mas preciso de uma pausa para explicações de cenário e enredo. Sim, uma pausa na resenha para fazer mais resenha! (Incrível como eu faço uma resenha de 500 páginas para um livro de 250, mas enfim).

“O sol já enevoou minha visão, o mundo parece banhado por uma neblina brilhante.”

A velha história de sempre: Grande guerra no passado. Uma das partes ganhou e para se manter no poder fez um regime autoritário para que a outra não se esqueça quem estar no comando. A parte perdedora agora é pobre e sempre ameaçada por militares, doenças e fome. Só que em Legend, a parte autoritária se chama República, e dentro dela há essas separações de classes sociais. Também existem as Colônias, uma espécie de "país/povoado" que ainda guarda um pouco da tecnologia remanescente dos "tempos antigos", e por isso vive em guerra com a República. E se eu tivesse explicando isso através de lousa e giz, ela estaria cheia de linhas em zigue-zague. (Existe uma página do Wikipédia para isso e não pra mim \; ). 

Okay, uma das exigências dessa nova sociedade, era que todas as crianças, pobres ou ricas, realizassem A Prova quando completassem 10 anos. Independente da sua classe ou origem, quem atingisse uma boa pontuação, poderia subir de vida junto com a família. E, seguindo a linha inversamente proporcional, quem falhasse deixaria a família numa situação miserável e teria de trabalhar nos "Campos de trabalho". Mas há muita coisa por trás disso... (e espero ser mais explorada nos próximos livros).

“Estamos fazendo a coisa certa ao seguir as ordens que nos dão? Será verdade que a República é que está certa?”

Enfim, claro que o caminho de June e Day se cruzariam em algum momento, e caso alguém ainda não tenha percebido, "the love" não deixa de trilhar junto com eles. Mas por sorte, esse relacionamento é deixado totalmente em segundo plano. A leitura desse livro vale pela ação da narrativa. June, que sempre acreditou na preocupação e veracidade das propostas da República, descobre aos poucos que tudo não passa de mentira para encobrir a podridão que há por trás das máscaras. Ela vê suas prioridades e devoção de valores mudarem em 180°. E Day também tem novos problemas para encarar. Não ser morto em menos de dois dias é um deles. ~~sintam uma profunda omissão de spoilers, obrigada~~.

“É estranho estar aqui com você. Eu mal o conheço... mas às vezes parece que somos a mesma pessoa, nascida em dois mundos diferentes.”


Não vou mentir, o livro tem um ar piegas que dói na alma. Se você tem uma boa bagagem com distopias, conseguirá prever boa parte do enredo e das revelações. Eu, por exemplo, já tenho minhas ideias para o desfecho da trilogia!


Agora vamos ao ponto mais fraco de todo o livro: a escrita. Yeah, é verdade que a autora é bem direta e sem enrolações. O próprio tamanho do livro deixa isso claro. Mas, durante a leitura, eu enxerguei tanto potencial na história para ser "mais", que não teve como não sentir uma vontade de chamar a autora para conversar e dizer "Então, bora aprofundar isso, que tá difícil achar livros com história e desenvolvimento bons?". Sabe aqueles resumos dos grandes clássicos que todos tivemos de ler em algum momento no colégio? Exatamente isso que descreve o livro. Parece que a autora adaptou a própria história de uma versão bem mais complexa. Creio que já chamei o livro de clichê, mas ressalto que quando eu comecei a ler, eu sabia o que eu encontraria. Quero dizer, sabia que não devia esperar a obra revelação do ano, e sim apenas uma história para sair da ressaca por conter uma escrita simples e rápida. Estamos entendidos?


“—Nunca lhe perguntei sobre esse seu nome de guerra. Por que Day?—
—Porque cada dia significa novas 24 horas. Cada dia quer dizer que tudo é possível de novo. Você pode aproveitar cada instante, pode morrer num instante e tudo se resume a um dia após o outro. –Ele olha para a porta aberta do vagão da ferrovia, onde faixas escuras de água cobrem o mundo. –E ai você tenta caminhar sob a luz.—”



Antes de encerrar essa resenha, a qual já me delonguei demais, preciso dizer que caso você leia em inglês, leia o original. Até EU, uma mera estudante de cursinho, consegui sentir em diversos momentos que não era bem aquela palavra que deveria ter sido empregada, entre outras coisas.



Como eu não consegui achar um objeto que inspirasse a história para por como nota, 3 rosas da capa de Champion, o terceiro volume (será coincidência?), para vocês! 




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