segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Livros Entre Linhas: Jardim de Inverno



Nome do Mundo: Jardim de Inverno
Único em Seu Universo.
Dimensão: 416 páginas. 
Criadora: Kristin Hannah
Data de Nascimento: 
BRA:  2013 / US: 2010.
Trouxe aos Terráqueos Brasileiros: Novo Conceito.
Onde Obter: Saraiva - Submarino - Livraria Cultura - PDF 
Relatório Completo: Skoob
Sinopse: Meredith e Nina Whiston são tão diferentes quanto duas irmãs podem ser. Uma ficou em casa para cuidar dos filhos e da família. A outra seguiu seus sonhos e viajou o mundo para tornar-se uma fotojornalista famosa. No entanto, com a doença de seu amado pai, as irmãs encontram-se novamente, agora ao lado de sua fria mãe, Anya, que, mesmo nesta situação, não consegue oferecer qualquer conforto às filhas. A verdade é que Anya tem um motivo muito forte para ser assim distante: uma comovente história de amor que se estende por mais de 65 anos entre a gelada Leningrado da Segunda Guerra e o não menos frio Alasca. Para cumprir uma promessa ao pai em seu leito de morte, as irmãs Whiston deverão se esforçar e fazer com que a mãe lhes conte esta extraordinária história. Meredith e Nina vão, finalmente, conhecer o passado secreto de sua mãe e descobrir uma verdade tão terrível que abalará o alicerce de sua família… E mudará tudo o que elas pensam que são. 

ANTES QUE VOCÊS IGNOREM ESSA RESENHA IGUAL EU FIZ A ESSE LIVRO, COM DIREITO A CARETA,  DURANTE QUASE UM ANO. Ignorem (não eu, please... pelo menos não ainda) no lugar a capa. Ignorem essa sinopse cafona e piegas. Ignorem a frase de chamada que dá vontade de enterrar o livro em um sebo. Ignorem o título super animador. IGNOREM, IGNOREM, IGNOREM. Apenas abra o livro e dê uma chance ao menos para o prólogo. Será uma sábia decisão, eu mais do que ninguém posso afirmar isso.


“Seguiu em frente. Ultimamente, esse parecia ser o melhor jeito de lidar os as coisas.”

Não sei como começar essa resenha, (nossa, que frase original, vou cobrar direito autorais). Esse foi um livro que exigiu da minha paciência e no final, exigiu esforços para não derramar lágrimas. É uma história dentro de uma história, ao mesmo tempo que tudo não passa de uma única história formada pelo entrelaço destas. OKAY, vou parar de enrolar e ir direto para história (quantas vezes já disse "história?"), mas saibam que por mais que eu explique, o verdadeiro bônus do livro são os sentimentos postos em jogo. Toda uma junção de passado e a verdade que ele carrega. TÁ PAREI.



“Apoiar-se nos outros em busca de conforto nunca fora natural para ela. A última coisa que queria era dar a alguém o poder de machucá-la.”

Once upon a time, duas irmãs que cresceram com o constante sentimento de frustração. Por mais que tentassem conhecer a mãe, a resposta era sempre fria, isso quando havia uma resposta. Apenas o pai conseguia manter a família conectada, a única pessoa com que a mãe Anya conversava e as filhas se apoiavam.
 O tempo passou e todos foram tomando caminhos diferentes. Meredith, a mais velha, seguiu por um futuro mais tradicional casando-se com seu melhor amigo de infância, (Jeff para os íntimos), tendo duas filhas e trabalhando nos negócios do pai, administrando tudo. Enquanto Meredith é conhecida por ser perfectionista, Nina, a caçula, é a rebelde, fotógrafa profissional que viaja constantemente pelo mundo e só de vez em quando volta para casa, mostrando sinal de vida.
“Como palavras poderiam suavizar uma dor assim?”

A gota d'água nas tentativas de falar com a mãe aconteceu quando Meredith, Nina e Jeff eram jovens e ambos tentaram encenar uma peça adaptando a história que a mãe contava para elas à noite. O resultado foi um desastre, mas a verdadeira catástrofe aconteceu no coração das irmãs, que a partir de então desistiram completamente de tentar se aproximar da mãe.



“Vera ainda estava tecendo suas belas palavras, mudando o mundo ao redor delas da única forma que consegue.”

Ambos seguiam seus rumos na loucura da vida, quando o pai teve um ataque cardíaco e faleceu, levando consigo uma promessa de cada uma: Anya deveria terminar de contar a história completa para elas, enquanto as irmãs deveriam continuar tentando conhecê-la. Altas tretas confusões garantidas.


“Havia mais palavras, claro, centenas delas, e ela sabia quando as diria, mais tarde: de noite, quando estivesse sozinha e desconectada.”

O problema (um dos na verdade), era que Meredith e Nina já tinham seus próprios problemas em suas vidas pessoais: O casamento de Mere (só para os íntimos u.u) com Jeff estava por um fio e Nina não conseguia se fixar em apenas um lugar, mas também a uma pessoa.

“Estava realmente cansada de ser aquela em que tudo estourava.”

Intervalo (aproveite para esticar as pernas. Não é só os dedos que precisam de exercitar, sabe). Certo, acabou o intervalo, let's work, bitch.


A história do livro é bem rica e real. Quase tangível. Como se eu fosse um fantasma acompanhando o desenvolvimento da família, (mas eu realmente sou um fantasma, então desconsidere isso). Mas a coisa que mais me irritou EVER e me fez fechar o livro para respirar um pouco e aliviar a vontade de estrangular ou tacá-lo na parede, foram os personagens I-N-T-R-A-G-Á-V-E-I-S até mais da metade do livro
Estou começando a chamar isso de "Síndrome da Tris" (da trilogia Divergente). Sabe, aquela personagem que tem que ficar forte o tempo INTEIRO, que não pode ceder, não pode chorar, não pode abraçar, SÓ PODE VIVER AGINDO COMO UM ROBÔ COM FALHA NA PROGRAMAÇÃO. Eu também não suporto personagens mongos, mas será que só existem extremos? Please, autores, não sejam 8 ou 800, eu/leitores de todo o planeta agradecem. Mas depois eles viram GENTE DE VERDADE e o chip implantado em suas mente com "Stay Strong" como único comando para de funcionar. Mas, (não vou admitir abertamente, mas é isso mesmo), se não fosse todo esse sufoco, não sei se o final traria toda emoção e alívio que senti. MAS NÃO ADMITO ISSO E PONTO FINAL.


“ – Às vezes, a porta simplesmente se fecha com uma batida, sabe? E você fica sozinha.”

Right, eu não posso falar muito sobre a história, pois é muito fácil sair spoilers indesejável. Além do mais, acho que esse é um tipo de livro que toca as pessoas de maneiras diferentes dependendo de suas experiências. (Ou seja, do quanto você é calejado, viva com isso). Só posso acrescentar que conforme você vai se aprofundando na história, é como passar por várias camadas até o interior dos personagens. Sim, você entra na cebola que é o coração das pessoas! Ou ogros. Camadas de dor enterrada, de ressentimentos que todos fingiram superar e esquecer. Uma mãe que lamenta não ter sido uma mãe por completo, mas seu passado roubou isso dela e de suas filhas. E agora elas tentam contornar o "It's too late" ao mesmo tempo que não é aquela velha história de superação. Bela e única diferente de tudo que já li. O negócio chamado "inovação".


“Como era possível que sua vida inteira fosse destilada nessa verdade tão simples? As palavras importam. Sua vida fora definida por palavras ditas e não ditas, e agora seu casamento era ameaçado pelo silêncio.”

Depois desse livro, pesquisei sobre outros livros da autora, (marquei Vou Ler no Skoob e.e), pois o "superar expectativas" soa como pular sobre um graveto comparando o que eu esperava e o brilhantismo que veio. Eu senti a dedicação da autora, (que carinhosamente chamarei de Hannah), tanto no conteúdo histórico quanto o cuidado com a formação e desenvolvimento de diálogos e personagens. And a narrativa é em 3° pessoa, mas o fato de a autora escrever "Mamãe" ou "Papai" no lugar dos nomes, dá uma proximidade geralmente falha nesse tipo de narrativa.


“Cada escolha mudava a estrada pela qual se seguia e era fácil demais terminar indo na direção errada. Às vezes, se estabelecer podia ser apenas desistir.”

Ah sim, sobre o trabalho da editora: ignorando a capa, as páginas possuem uma textura áspera legal e são mais grossas que a maioria. Resultado? Facilita a vida na hora de virar. O que me incomodou foi que achei as bordas que ficam na divisa do livro muito internas, então tive que fazer um espacate com o coitado de tanto que puxei. Detalhes, detalhes.

“— Eu sinto tanta falta deles – Mamãe disse, e então começou a chorar. Por quanto tempo havia retido essa frase simples com a força de vontade, e qual seria a sensação de finalmente dizê-las?
Sinto falta deles.
Poucas palavras.
Tudo.”

Well, como não é um livro muito divulgado, infelizmente, é meio difícil achar fan-arts dele. Então dependente da câmera de SUPER qualidade do meu celular, aqui está a nota, FOUR BUTTERFLIES! Seria cinco fácil, mas os personagens não colaboraram no começo :P



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