quinta-feira, 24 de julho de 2014

Livros Entre Linhas: Convergente


Nome do Mundo: Convergente
Universo: Divergente
Do Mesmo Planeta:
0.5°: The Tranfer Free Four.
1°: Divergente.
2°: Insurgente.
Dimensão: 526 páginas. 
Criadora: Veronica Roth
Data de Nascimento: 
BRA:  2014 / US: 2013
Trouxe aos Terráqueos Brasileiros: Rocco
Onde Obter: Saraiva - Submarino - Livraria Cultura - PDF
Relatório Completo: Skoob
Sinopse: A sociedade baseada em facções, na qual Tris Prior acreditara um dia, desmoronou – destruída pela violência e por disputas de poder, marcada pela perda e pela traição. No poderoso desfecho da trilogia Divergente, de Veronica Roth, a jovem será posta diante de novos desafios e mais uma vez obrigada a fazer escolhas que exigem coragem, fidelidade, sacrifício e amor. 






PRIMEIRAMENTE, NEM VOU ME ESFORÇAR PARA ESCONDER SPOILERS DOS LIVROS ANTERIORES, POIS SERIA COMO FRITAR OVO SEM O OVO. 
E TODO QUOTE QUE APRESENTAR UM "*", SIGNIFICA QUE POSSUI SPOILERS!

Olá, Initiates! Dispensando apresentações sobre o livro, (se você não sabe que livro é esse, por favor, me diga de que mundo você veio, pois quero ir para lá!), vamos conversar um pouco sobre o encerramento dessa trilogia tão falada por ai! (Mentira, agora vou apresentar o novo produto da Tekpix).


Eu gosto mesmo de bater nas pessoas. Gosto da explosão de poder e energia e da sensação de que sou invencível porque consigo machucá-las. Mas odeio essa parte de mim, porque é a parte que está mais despedaçada.” Tobias.

Depois daquela bomba como última frase de Insurgente, (raivas eternas direcionadas a Roth por isso), Convergente inicia contando como vai a catástrofe poucas horas depois. E a novidade é que a história agora é narrada pelo Tobias e Tris, (por enquanto manterei minha opinião sobre em silêncio... sim,  exigirá muito autocontrole que não tenho). Certo, vamos revisar como está a querida Chicago: Jeanine morta, sistema de facções destruído e claro, os antigos Sem-Facção no controle. E a nova líder da cidade é ninguém menos que Evelyn, (imagino sua cara de interrogação, pensando "QUEM?". E sim, fui no Google para conferir, cof), a mãe dada como morta desde que Tobias era criança, mas que permaneceu todos esses anos com os Sem-Facção.


Será que medos desaparecem de fato ou apenas perdem o seu poder sobre nós.” Tris.

Julgamentos têm sido feitos para executar os traidores que apoiavam as ideias que Jeanine, e curiosamente, Tris junto com Christina e outras ex-iniciadas, (não me façam lembrar o nome delas, please), estão presas. Tobias quer muito ajudar, mas precisa fingir que o namoro terminou para permanecer aliado à mãe. Mas há uma coisa que se sobrepõe a qualquer problema oriundo do extermínio das facções: A mensagem recebida fora dela, além da cerca. Um pedido de ajuda direcionado aos Divergentes. "Venham".


Há algo profundamente errado em roubar as memórias de uma pessoa. Embora eu saiba que era necessário manter a cidade segura pelo tempo que fosse preciso, pensar sobre o assunto me causa um desconforto no fundo do estômago. Se você rouba as memórias de uma pessoa, você muda quem ela é.” Tobias.

Depois de testemunharem o quanto o "novo sistema" dominado pelo exército dos Sem-Facções através de armas é falho, Tris, Tobias, Tori, Christina, Uriah e até mesmo Caleb decidem esquematizar um plano para conseguir passar pelas cercas. Eles apenas não se preocupam com o que aconteceria depois disso, afinal, como se preparar para um mergulho no desconhecido?

É estranho como o tempo tem a capacidade de fazer um lugar encolher e acabar com a sua estranheza.” Tris.


Mesmo querendo, não posso falar mais que isso, (sim, ativando mais autocontrole inexistente aqui). Apenas adianto que as novas informações recebidas a partir de então são um bocado nem um pouco esperado. Convergente apresenta sim um clima e ritmo diferente dos livros anteriores. Simplesmente porque temos de engolir que todo contexto o qual estávamos familiarizados não passa de uma farsa. Na verdade, há um nome melhor para defini-lo, MAAAS VOU PARAR POR AQUI, hehe.


*alert spoiler* “O tremor desce pelos meus braços, até as minhas mãos, e logo todo o meu corpo estremece, como se tentasse rejeitar algum veneno que eu tivesse engolido. E esse veneno é o conhecimento, o conhecimento deste lugar, de seus monitores e de todas as mentiras sobre as quais construí a minha vida.” Tris.

Certo, só mais um detalhes que PRECISO comentar. Eles encontram sim certas coisas fora da cerca. Até aqui só disse o óbvio. E foi interessante acompanhar as descobertas do grupo sobre essas coisas. Você se sente um estrangeiro tanto quanto eles. Ambos vão se familiarizando aos poucos, aprendendo coisas que nem imaginavam existir. Igualmente o leitor.


Logo depois que a minha mãe morreu, agarrei-me à minha Divergência como se ela fosse uma mão estendida para mim. Eu precisava daquela palavra para definir quem eu era quando tudo ao meu redor estava desmoronando. Mas agora não sei mais se preciso dela e se em algum momento de fato precisamos destas palavras, 'Audácia', 'Erudição', 'Divergente', 'Leal' ou se podemos simplesmente ser amigos, amantes, irmãos, definidos apenas pelas escolhas que fazemos e o amor e a lealdade que nos unem.” Tris.

Finalmente a parte que eu queria comentar: o desenvolvimento. Acho que todos sabem dos comentários extremamente negativos que Convergente tem recebido. Sinceramente, penso que é devido a pessoas que não aguentaram ler que o  “mundinho ideal das facções” não passa de uma ilusão. Como eu não morri de amores pelos livros anteriores, eu gostei parcialmente do que a autora tramou para o encerramento da trilogia. Não sei quanto ao restante das pessoas, mas eu SEMPRE me perguntava "Ah legal, o Chicago pós-mundo apocalíptico é assim, E O RESTANTE DO MUNDO?"

Mesmo com explicações um tanto supérfluas sobre as histórias que desenrolaram depois da "grande guerra" (or whatever o nome do conflito que marcou a divisão entre passado e pós-apocalíptico, que todo livro YA distópico possui), e como as pessoas sobrevivem hoje, pelo menos já foi alguma coisa. Mas ainda fiquei com 95% da mesma pergunta pairando em minha mente. "E QUANTO AO RESTO DO MUNDO, AFINAL, PELO QUE EU SAIBA EXISTEM MAIS CONTINENTES ALÉM DA AMERICA, E MAIS PAÍSES NESSA ALÉM DOS E.U.A". Sorry me, Roth, mas isso foi uma falha imperdoável.


Solto uma risada, e é a risada, e não a luz, que expulsa a escuridão que estava se acumulando dentro de mim, que me lembra de que ainda estou viva, mesmo que seja neste lugar estranho, onde tudo em que eu acreditava está desmoronando. Mas ainda sei de algumas coisas. Sei que não estou sozinha, que tenho amigos e que estou apaixonada. Sei de onde vim. Sei que não quero morrer, e, para mim, isso já é alguma coisa. É mais do que eu tinha há semanas.”  Tris. (Pense numa vontade de esganar uma criatura. Pensou? PIOR).

Sobre os personagens, eu não percebi alterações profundas neles. Talvez tenham mudado um pouco desde o primeiro livro, mas o seus desenvolvimentos e crescimentos nunca foi o foco.  Há personagens novos e a maioria aparece apenas para cumprir funções ou dar novas informações. Enfim, o fato de Tris e Tobias igualmente narrarem deixa certo spoiler bem óbvio... (eu não disse nada  hein!). Mas preciso mencionar que os dois possuem uma personalidade muito parecida, e mesmo com o nome de quem narraria o próximo capítulo, eu me perdi várias vezes, sentindo-me desconectada dos acontecimentos até conseguir me situar. Yeah, bem irritante. Ao mesmo tempo, já que Tris perdeu um pouco do espaço, suas lamentações e pensamentos inúteis diminuiriam consideravelmente, o que foi uma bênção para acalmar o meu ódio por ela. Mas sendo legal, eu admito que percebi uma certa mudança no seu jeito de ver o mundo, deixando de lado aqueles pensamentos idiotas de suicídio e FINALMENTE dando valor as coisas que sempre estavam ao seu lado. Já tinha passado da hora de isso acontecer, mas enfim.

*alert spoiler* “Minha mãe era daqui. Este lugar representa tanto a minha história antiga quanto a minha história recente. Consigo sentir a minha mãe dentro de mim, de onde nunca partirá. A morte não conseguiu apagá-la, ela é permanente.” Tris.

Ah sim, os relacionamentos tornam-se bem mais estreitos nesse livro. Tanto os de amizades quanto, Tobias-Tris, (e restou algum casal que a Tris não arruinou matando um dos integrantes? Cof).


- É, a vida às vezes é mesmo um saco – diz ela – Mas sabe o que estou esperando? – 
Ergo as sobrancelhas. Ela também ergue as dela, imitando-me.
- Os momentos que não são um saco – diz ela – O truque é perceber quando eles aparecem.” Tobias.


O livro teve seus constantes autos e baixos-sub-solo. Foi interessante conhecer mais da descendência dos personagens assim como um tour pelos seus passados. Parece que Roth usa adrenalina como tinta para escrever. E não, não foi totalmente um elogio. É nítida sua intenção de fazer as cenas de ação e descrições soarem dinâmicas e precisas, incluindo as partes dedicadas aos devaneios dos principais. Mas nem sempre isso funcionou, deixando um ar piegas e falso de "estou tentando ser profunda aqui". Além do mais, diversas mortes ocorridas ao longo do livro, ao meu ver, foram desnecessárias. Como se a autora quisesse apenas acrescentar mais drama a história ou não soubesse que papel dar ao personagem quando o enredo fica mais denso.


*alert spoiler* “Meus pais realmente se amavam. O bastante para abandonar planos e facções. O bastante para desafiar a ideia de “facção antes do sangue”. Facção antes do sangue, não. Amor antes da facção, sempre.” Tris.

Okay, para encerrar: o final seguiu a linha do típico "Não é um felizes para sempre, mas pelo menos tentamos a parte do feliz". Não direi que foi satisfatório, pois há ponto que ela deveria trabalhar melhor, e outras que passaram a sensação de que estão lá apenas para o livro ter o mesmo tamanho que os anteriores. Porém, contudo, entretanto, sinto sim satisfação de ter terminar a trilogia e encerrar essa história de vez. (Sinta todo meu amor </3).


Não estou bem. Eu tinha começado a sentir que havia encontrado um lugar para ficar, um lugar que não era tão instável, corrupto ou controlador, ao qual poderia enfim pertencer. Eu já deveria ter aprendido que tal lugar não existe.” Tris.

Três pokebolas, primeiro porque não faz mais sentido usar símbolos de facção, e segundo porque toda a trilogia foi três estrelas para mim. Vale a pena ler pela narrativa fluída e pela sensação de ler mais de 500 páginas em um ou dois dias.




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