quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Depósito da Pipoca & Livros Entre Linhas: Marley & Eu






Nome: Marley & Eu.
N°Páginas: 304.
Autores: John Grogan.
Editora: Ediouro.

Duração: 1h 40min 

Diretor: David Frankel
Elenco: Owen Wilson, Jennifer Aniston, Eric Dane
Gênero: Comédia.
Lançado: 2008
Relatórios: Filme/Livro.
Sinopse filme: John (Owen Wilson) e Jennifer Grogan (Jennifer Aniston) casaram-se recentemente e decidiram começar nova vida em West Palm Beach, na Flórida. Lá eles trabalham em jornais concorrentes, compram um imóvel e enfrentam os desafios de uma vida em conjunto. Indeciso sobre sua capacidade em ser pai, John busca o conselho de seu colega Sebastian (Eric Dane), que sugere que compre um cachorro para a esposa. John aceita a sugestão e adota Marley, um labrador de 5 kg que logo se transforma em um grande cachorro de 45 kg, o que torna a casa deles um caos.

Assim como Harry Potter entre outros, esse é um daqueles livros/filmes que todo mundo já sabe a história. Então por que eu estou resenhando? Oras, o blog é meu e eu falo o que eu quiser, mas como essa resposta/verdade pode soar um pouco grosseiro, a outra resposta é que quero compartilhar as emoções que esse livro me fez viver e o que ele significa para mim.


Vamos entrar na minha cápsula do tempo mental, (cuja qual vivo pegando carona mais que o bonde para a realidade, mas enfim), e voltar para o natal de 2010. Eu encontraria uma garota de 12 anos chorando enquanto espera a mãe sair da manicure justo porque chegou na fatídica parte mais triste do livro enquanto alguma alma tenta me oferecer um copo d'água e me olha confuso perguntando porque diabos estou chorando com um livro, afinal, que tipo de ET chora em livros, não é?! (a autora informa: isso foi uma ironia).


"Cães não precisam de carros luxuosos, casas grandes ou de roupas chiques. Água e alimento já são o suficiente. Um cachorro não liga se você é rico ou pobre. Esperto ou não. Inteligente ou não. Entregue o seu coração e ele dará o dele. De quantas pessoas podemos dizer o mesmo? Quantas pessoas fazem você se sentir raro, puro e especial? Quantas pessoas nos fazem sentir extraordinários?"

Naquela época meu amor/vicio incondicional por livros ainda estava em download 60%, então tudo que eu lia me marcava de um jeito extremamente marcável. Lembro que um ano antes eu tinha abandonado o livro porque eu era uma pessoa que abandonava livros, mas graças que isso não continuou, tomei vergonha e consciência na cara junto com a melhor decisão de continuar lendo. Tenho feito isso desde então sempre que a vontade de abandonar aparece. E isso foi uma das coisas que aprendi com esse livro, algumas delas não estão relacionadas diretamente com a história em si. Pular do 60% para o 100% obsessão por livros carregado com sucesso entra para essa lista.


Mas vou contar a história do meu ponto de vista do mesmo jeito, por azar sorte de vocês.

Ah sim, antes ressalto que o fato John Grogan (É a primeira vez que percebo o quanto esse nome me lembra John Green O.o), ter escrito á própria história foi o que mais me chamou atenção, afinal, quantos livros de histórias reais e não maçantes que você conhece? Eu não faço ideia, mas recomendo esse livro sempre que alguém sugere algo do tipo, (bem, o que é quase nunca, já que essa foi a primeira vez que digo isso, enfim).



É muito gostoso acompanhar o crescimento de Marley assim como o amadurecimento pessoal do autor. Suas crises, viagens, entrevistas de emprego. frustrações, as ideias malucas de Jeni, sua esposa e o fato de que agora irei falar a frase mais clichê de todas, mas muitos se recusam viver essa verdade ou se negam a acreditar que essa é a realidade: nada é para sempre, por mais que algumas coisas ou situações sejam <insira adjetivo aqui>, assim como isso se deu início em algum momento, sempre haverá um ponto final, (eu espero que vocês se lembrem de colocar pontos finais u.u). A única eternidade concreta será o peso que você vai carregar se não viver seu momento atual por completo, seja qual for, seja lá o que você quer fazer ou dizer. (Isso merece Tumblr, meu povo).


"Nossos animais de estimação têm vida tão curta e, ainda assim, passam a maior parte do tempo esperando que voltemos para casa todos os dias. É impressionante quanto amor e alegria eles trazem para nossas vidas, e quanto nos aproximamos uns dos outros por causa deles."


Okay, eu disse que ia contar a história, I didn't forget!

O livro começa com John recém casado e passando por toda aquela magia de começar uma vida acompanhado de alguém. Indo atrás de emprego para se sustentar, enfim, tentando ganhar a vida. Até que Jeni aparece com uma ideia de querer ter filhos, mas John continua com um pé atrás, por isso sugere que antes comprem um cachorro para por os dois em teste e ver se dão conta do recado de manter viva uma vida que dependem deles. Normalidades everywhere.


"Poderíamos ter comprado um pequeno iate com o que nós gastamos com o nosso cachorro e tudo que ele destruiu. Mas, me pergunto: quantos iates ficam esperando junto a porta o dia inteiro até você voltar? Quantos vivem esperando a chance de subir no seu colo ou descer a colina com você em um tobogã, lambendo o seu rosto?"

Mas por sorte do destino, acabaram escolhendo o Cão de Liquidação, e como todo produto barato demais geralmente vem com defeito, o labrador escolhido não fugiu dessa regra. Em homenagem a Bob Marley, o labrador Marley é uma pilha de energia distribuída em quatro patas e um rabo que nunca para de balançar. Mesmo com seus desastrosos medo de tempestades (Zeus, seu malvado sem coração...okay, não lance raios em mim!), Marley ao longo do livro prova que mesmo sendo um pouco desequilibrado, seu coração é ainda maior que seu tamanho. Sim, me identifiquei com o cachorro, mas como eu disse normalidades everywhere. Dócil no sentido mais confuso da palavra, Marley é o exemplo do ditado "O melhor amigo do homem", e nos ensina fidelidade é uma coisa simples e pura, assim como os melhores detalhes da vida e são os seres humanos que corrompem o significado das coisas.



Me controlei para não soltar spoilers, mesmo que todos já saibam.
As diferenças entre livro e filme são gritantes! Não posso falar tudo, claro, mas o livro tem uma pegada mais emocional, que te faz refletir com coisas do dia, como por exemplo, "Será que vale a pena investir em certas coisas que provavelmente afetaram todo o resto de sua vida?" Sim, fofo desse jeito. As dificuldades para Jeni conseguir ter filhos, os excessos de "marlices" que Marley cometeu e quase o expulsaram de casa, tudo entrecruzado com as experiências pessoas de Grogan. E eu posso contar nos dedos de uma mão os livros que me fizeram chorar, esse é o primeiro da lista.


"Talvez ele detivesse o segredo da boa vida, nunca se deter, nunca olhar para trás, viver cada dia com impulso, vivacidade, curiosidade e disposição adolescente. Se pensarmos que somos jovens, então talvez o sejamos, não importa o que diga o passar dos anos."

Os Verdadeiros *OO*
Já o filme tem um apelo sexual muito nítido, partes cruciais foram cortadas e outras acrescentadas para provocar risos e tapar buracos. Não me fez chorar tanto quando no livro, pois até o momento da <spoilers mode on here!> morte de Marley foi muito alterado, pois o labrador passa por diversas crises antes da morte e o autor relata de um modo tão... do jeito que aconteceu que me fez chorar antes do momento H em si. <spoilers off> O filme é sim engraçadinho e comoventesinho no final, nada mais que isso.

Dica: Mesmo já tendo assistido ao filme, leia o livro mesmo assim, pois eu também fiz nessa ordem. Cinco patas de cachorro e entrada nos favoritos, COM CERTEZA! É um livro diferente em vários aspectos e precisa estar nos lidos de todo mundo, sem mais.




"Te amo apesar de tudo, ou talvez por causa de tudo."

 Representando a nota, que tal 5 Odie's que se dariam muito bem com o quietinho Marley?

Trailer:


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