terça-feira, 10 de setembro de 2013

Livros Entre Linhas: Anjo Mecânico




Nome do Mundo: Anjo Mecânico.
Universo: As Peças Infernais.
Outros do Mesmo Planeta: 
2°: Príncipe Mecânico.
3°: Princesa Mecânica.   
Dimensão: 392 páginas.
Criadora: Cassandra Clare.
Data de Nascimento: 
BRA: 2012./US: 2010.
Trouxe aos Terráqueos Brasileiros: Galera Record.
Relatório Completo: Skoob.
Onde Obter: Saraiva - Livraria Cultura - PDF
Sinopse: Anjo mecânico apresenta o mundo que deu origem à série Os Instrumentos Mortais, sucesso de Cassandra Claire. Nesse primeiro volume, que se passa na Londres vitoriana, a protagonista Tessa Gray conhece o mundo dos Caçadores de Sombras quando precisa se mudar de Nova York para a Inglaterra depois da morte da tia. Quando chega para encontrar o irmão Nathaniel, seu único parente vivo, ela descobrirá que é dona de um poder que capaz de despertar uma guerra mortal entre os Nephilim e as máquinas do Magistrado, o novo comandante das forças do submundo. 


“Bondade,
A verdadeira bondade,
tem sua própria espécie de crueldade atrelada.”

EM PRIMEIRO LUGAR, tenho plena consciência dos xingamentos que vou receber com essa resenha, mas minha opinião verdadeira prevalece acima de todos eles, xoxo. Right, acho que começar com "Foi uma total decepção" já esquenta um pouco as coisas. Agora vou explicar o porquê.


Quem já não ouviu chuvas de comentários elogiando Cassandra Clare? A nova saga de fantasia Os Instrumentos Mortais faz tanto sucesso na atualidade que muitos já comparam com HP, não chega nem aos pés, but cada um cada um. Não foi atoa que comecei a ler Anjo Mecânico com a expectativa de entrar direto para minha lista de favoritos e no mínimo, 5 estrelas fácil no Skoob. Mas isso foi só uma pálida ilusão da realidade: 2 estrelas, 4 dias desperdiçados e inúmeros de "cansei, vou abandonar" que consegui reprimi, mas não antes de proporcionar muito tédio.


Mas calma lá, não foi só o repertório que INICIALMENTE me deu vontade de ler. Além de ver só resenhas mais que positivas nos blogs e vlogs literários, a história até que é bem chamativa. Just read:


Dentro do que deveria ser a Londres Vitoriana, Tessa Gray é convidada por umas tais de Irmãs Sombrias, ui, que dark, a entrar em sua carruagem. E quem precisa se lembrar do conselho que as mães vivem falando de não falar com estranhos com aparência de morta que lhe dão carona para um lugar desconhecido numa carruagem com estilo robô? Tessa que não. No lugar de encontrar seu irmão mais velho, Tessa é aprisionada durante semanas para treinar seu poder, que UAU novidade, nem sabia existir. Além disso, Tessa também vive em condições precárias, onde sua opinião é o mesmo que silêncio. Shame on you, Tessa. E se você acha que repeti muitas vezes a palavra Tessa, you have no ideia do que a autora faz no livro, como se quisesse que nunca esquecêssemos o nome da querida protagonista.



“Se ninguém no mundo inteiro se preocupa com você, você realmente existe?”

Enfim, claro que depois de passar um tempinho na casa da tortura, Tessa é resgatada pelo Caçador de Sombras, William, pois ela é a mocinha em perigo, oras, sempre precisará ser resgatada e nenhum YA altera a ordem natural das coisas. Sim, ignore o fato de que pais, bom senso e leis da física existem, mas a mocinha tem que ser resgatada e NUNCA ao contrário. Okay, Tessa e levado por Will para o Instituto dos Caçadores de Sombras onde conhece amiguinhos nephilins caçadores de demônios, pois mesmo sendo tecnicamente filhos dos anjos que caíram para debaixo da terra, não há muito amor nessa relação pais e filhos. Eu compararia com os deuses e titãs, mas não quero rebaixá-los. E sim, é aquela clássica história vulgo Fallen, Hush Hush, Blue Bloods...



“Às vezes, nossas vidas mudam tão depressa que a mudança é mais rápida que as nossas mentes e corações.”

Mas no momento, não é a prole de satanás a maior preocupação dos Caçadores, estranho falar isso no masculino e sem se referir com as de Ártmeis, whatever. A dúvida em relação a que lado está os vampiros e as artes que um tal de Magistrado anda aprontando tem causado muita perturbação no Instituto. Aliás, ninguém sabe ao certo quem é o Magistrado e creio que a maior surpresa do livro foi quando descobrimos a verdade.

Sinceramente, sempre que paro para pensar na história no livro não me lembro de muita coisa, pois REALMENTE não há nada que choque eu me fez ler compulsivamente até terminar, na verdade eu tive de forçar a leitura, o que considero um dos piores pontos fracos em livros.



“Ele a amava o bastante para saber que ela ficaria melhor sem ele.”

Tessa passa por suas aprovações, seja ser aceita entre os membros da panelinha anti-capeta ou saber usar com sabedoria para seu poder, pois ela pode ser a salvação ou ruína. Trasborda originalidade, não é? NÃO.

Bem, eu achei Tessa uma daquelas protagonistas neutras, nem sal nem açúcar e nem água, pois ela poderia muito bem ser dispensada e a história não alteraria, sem levar em consideração o papel que ela representa, e sim o quando sua "personalidade" influência na trama. Mas para tentar salvar um pouco as coisas, Tessa não era aquela protagonista insuportável de YAs, simplesmente não provocou nenhum tipo de emoção em mim e levando e sendo positiva, NÃO É IRRITOU, NÃO ME CATIVOU, and just it.


“Apenas pessoas com a cabeça muito fraca se recusam a ser influenciadas pela literatura e pela poesia.”


Já com os outros personagens a história não foi tão diferente assim. Gosto quando mesmo depois de ter lido há muito tempo, lembro de algum aspecto que até hoje me marca. Isso não aconteceu. Todos têm aquele clima de "preenchendo o espaço", com se fossem a primeira opção de ideia que a autora pensou para pôr no cast. Will foi o mais engraçado, sim hipérbole ativar, mas também era tão metido que não consegui criar simpatia. E CLARO, o que seria do mundo YA sem um triângulo amoroso? Digam-me?! E Jem foi à terceira ponta da história. Se Will era o bad-boy cercado de mistérios que na verdade só tem clima de mistério, pois as revelações são sempre "Hm, é mesmo? Legal", Jem foi o cara "Vamos abraçar o mundo?", acolhedor, companheiro e blás, mas claro, um terrível ponto fraco que me emocionou tanto gente...

Nem vale a pena falar do restante dos personagens. Incógnitas, somente.
MAS HÁ ALGO QUE ACHEI LEGAL. TAM-TAM: as tatuagens que concedem poderes aos Caçadores de Sombras. Na verdade, só a ideia me interessou, pois eu achei tão mal desenvolvida que chegou a ficar confuso, yup.


“Sempre se deve ter cuidado com livros - disse Tessa - e, com o que esta dentro deles , pois as palavras tem o poder de nos transformar.”

Mas a maior decepção de todas foi à escrita da queridinha do momento, Cassandra Clare. Não gastava o livro ser sobre autômatos, o jeito de ela descrever e desenvolver a história também tinha de ser mecânica. Diálogos muito travados, sem química nos personagens; a tal Londres Vitoriana só sendo citada na substituição de carros por carruagens, chapéus na cabeça dos homens, vestidos all day long nas mulheres e apertos de bochechas para ficarem coradas. Nossa, isso sim me fez me sentir no século XIX! 

Não curtas muito narrações em 3° pessoa, pois dão a impressão que existe uma barreira entre eu e o envolvimento na história, mas Cassandra conseguiu colocar um belo de um campo de força entre tudo que eu gosto num livro de literatura fantástica.


“Mas às vezes sentia tanta saudade que parecia ter engolido cacos de vidro.”





Rapidíssima: a diagramação é a padrão da editora, e eu não curto muito a da Galera Record, pois dá a impressão de que foi carimbada na página e as falhas na tinta não negam isso. Um trecho no começo de cada capítulo foi uma ideia interessante sim, mas gráfico não salva falta de jogo.






“Seria o rosto nada além de uma máscara de carne, irrelevante no sentido de quem era verdadeiramente?”

Well, honeys, depois de criticar tudo isso ainda estou carinhosa, se ainda tiver interessado leia por sua conta e risco, pois eu não recomendo nem um pouco e ainda reviro o olho sempre que vejo alguém que amou o livro, a impressão de que a pessoa leu o livro cega pelo deslumbramento que o borbulho literário tem feito sobre a autora não me deixa. So, boa sorte para quem vai encarar e aproveita a felicidade quem procurará livros mais felizes.

E para representar a nota, 2 (de 5) frasquinhos de veneno que Jem tem de tomar, e na verdade, eu queria fazer todos do livro tomarem.









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