quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Livros Entre Linhas Dobrado: Amada Imortal & Cair das Trevas




Nome do Mundo: Amada Imortal
Universo: Amada Imortal
Do Mesmo Planeta:
2°: Cair das Trevas
3°: Eternally Yours (just EUA)
Dimensão: 280 páginas. 
Criadora: Cate Tiernan
Data de Nascimento: 
BRA:  2012 / US: 2010
Trouxe aos Terráqueos Brasileiros: Galera Record
Onde Obter: Saraiva - Livraria Cultura - PDF 
Relatório Completo: Skoob.
Sinopse: Primeiro livro de bem-sucedida trilogia, mistura fantasia sobre imortais a uma história moderna de jovem em busca de si mesma e de redenção. Questões de identidade e moralidade aparecem na trama, protagonizada pela imortal Nastasya. Nascida em 1551, acostumada a beber e sair para baladas cada vez mais loucas, ela perdeu o rumo. Suas conexões com outros imortais, interessados apenas em suas habilidades mágicas, a fazem partir em busca de um propósito. E o encontra em uma espécie de clínica de reabilitação para os de sua espécie, onde conhece um pouco mais sobre o próprio passado e cria importantes laços para o futuro. 



“O principal nessa vida é não ser bom o tempo todo. É ser tão bom quanto se pode ser. Ninguém é perfeito. Ninguém faz a coisa certa o tempo todo. Não é assim que a vida é.”

Hoje (que para mim é 1:05 da manhã da véspera da véspera de Natal) vou falar sobre essa trilogia perfeita para se ler nas férias. Talvez seja porque li ambos os livros quando estava de férias. Certo, como se isso importasse, vamos ao que interessa. Nastasya aparenta ter 18 anos, mas seus olhos escondem tudo àquilo que presenciou em 449 anos de existência. (Imagina ouvir especial de Natal do Roberto Carlos todo esse tempo?). Ela já teve várias identidades falsas e é capaz de fazer uma linha do tempo mais verídica que nos livros de história. Porém agora sua rotina é basicamente acordar com ressaca com direito a dores de cabeça infernais por passar noite após noite em boates badaladas. Comprar nas melhores lojas, cortes de cabelo exótico, viver em hotéis, viajar mundo a fora. Essa tem sido sua vida no último século, desde que conheceu seu BFF Innocencio (que de inocente não tem nem a cara, enfim, no spoilers). Mas chega uma noite em que Nasty não consegue mais ignorar a sensação de ter uma vida desperdiçada e se lembra de uma vez que conheceu uma imortal depois de um acidente de carro e ela, vendo o quão lost Nasty já estava lhe ofereceu estadia numa fazenda/clínica de reabilitação para imortais. E depois de tantos anos, Nasty decide ir e essa é a melhor escolha que faz em no mínimo 100 anos.


“Eu não sabia de onde essas coisas estavam vindo – de repente eu era uma fadinha mágicka, me unindo à minha pedra, sentindo minhas raízes terrenas, lálálá...
Só posso descrever o jeito como me senti. E era assim que eu me sentia. Me processem."


Agora vocês me perguntam "Hm, tá legal, o que esse livro tem de bom a não se uma imortal que decidiu não disser "no, no, no" para a rehab?" A escrita, eu respondo. O livro é narrado pela própria Nastasya e ela tem um terrível (no melhor sentido) humor negro e ácido, o que deixa a história muito divertida de ler. E eu também me identifiquei com isso. Eu ficava realmente ansiosa para descobrir mais, tanto de seu passado quanto dos mistérios atuais. E a narrativa foi me carregando, fazendo meu interesse se aprofundar cada vez mais na trama. É como se fosse um chick-lit, mas com todo aquele fru-fru clichê substituído por uma narrativa sombria, trocadilhos historicamente inteligentes e um livro que te envolve tanto quanto é cheio de segredos que deixam até a pessoa mais insensível, vulgo eu, ansiosa por mais.


“Tudo bem – disse ela – Algumas estradas são mais longas e mais difíceis do que outras.
Concordei sem falar nada, pensando que algumas estradas pareciam levar direto para o inferno.” 

E se nada disso lhe convenceu, vou tentar apelar para os personagens. No começo do livro, Nasty vive com amigos imortais, mas assim como ela INICIALMENTE, todos são bem superficiais, assim como eu achava que seria essa história. Depois que ela entra na fazenda, chamada River's Edge, pois o nome da dona é River, faz sentido, não? Enfim, ela conhece imortais que já passaram por situações ainda piores, mas também querem se renovar. Tudo isso pode soar vago, porque É REALMENTE UMA TAREFA IMPOSSÍVEL EXPLICAR A MAGIA DESSE LIVRO. Mas eu me vi no lugar de Nasty, com tudo novo a rodeando e sensações e sentimentos que ela já tinha enterrado querendo voltar. Pois é a vida, assim como a dor, foi feita para ser sentida (Sim, frase John Green adaptada). E sim, tem muito mais que apenas isso que eu disse, mas vou deixar espaço para quem for ler, POIS SÓ ASSIM IRÁ ENTENDER MEU DRAMA. E se você resolver ler, grave um nome: Reyn. E se o nome soa como um rugido é isso que você irá fazer depois de sua primeira aparição.



"Talvez o que River quisesse dizer era que o tempo em si era como um rio, se movendo sem parar para a frente, e você estava em um novo rio todo dia, toda hora. Durante toda minha vida eu tinha me sentindo como um lago. Um lago onde tudo estava guardado para sempre."


Nome do Mundo: Cair das Trevas
Universo: Amada Imortal
Do Mesmo Planeta:
1°: Amada Imortal
3°: Eternally Yours (just EUA)
Dimensão: 256 páginas. 
Criadora: Cate Tiernan
Data de Nascimento: 
BRA:  2013 / US: 2012
Trouxe aos Terráqueos Brasileiros: Galera Record
Onde Obter: Saraiva - Submarino -Livraria Cultura - PDF 
Relatório Completo: Skoob.
Sinopse: Depois de 450 anos, esperava-se que Nastasya já tirasse de letra essa história de imortalidade. No último outono ela buscou refúgio em River's Edge, uma espécie de retiro espiritual onde ela e outros imortais tentam estabelecer a paz com seu passado tortuoso. Porém, em vez disso, tudo o que Nastasya descobriu - além de que detesta acordar cedo numa cama dura para catar ovos de galinhas furiosas - é que ela não está segura em lugar nenhum. Nem mesmo ao lado do cara/viking/deus grego mais gato do mundo, Reyn, que ela ainda não descobriu se é sua ruína ou sua última chance de ter um amor. Nastasya conseguiu se manter bem até o Ano-Novo, mas parece que agora, depois que fez um pedido um tanto ambicioso na hora da virada, tudo está indo por água abaixo. Nada que faz dá certo, tragédias acontecem quando ela está por perto, tudo parece não ter propósito e, pior, ela nem sabe mais porque continua sequer tentando! Como sempre soube, sua família vem de uma grande linhagem das trevas, e Nastasya já está se convencendo de que não há escapatória. Como se não bastasse, os súbitos e totalmente enlouquecedores beijos de Reyn não estão ajudando... Mas quando Nastasya não aguenta mais a pressão e resolve fugir de tudo para seguir o próprio rumo, ela se vê numa situação ainda mais sombria, perigosa e destruidora do que jamais pôde imaginar. River's Edge nunca pareceu tão longe, ou tão agradável...

"Eu me sintia terrível, como se tivesse um rigoroso dia de inverno dentro de mim, assim como do lado de fora."


 LIVRE DE SPOILERS!

Primeiramente: EU NEM ESTOU CONSEGUINDO ACREDITAR QUE FIZ UMA RESENHA DE 3 PARÁGRAFOS. Geralmente minhas resenhas têm uns 15, mas deixa pra lá. E se você ficou se perguntando qual propósito o livro anterior tem, vou tentar explicar melhor aqui. Isso mesmo, t-e-n-t-a-r. Enfim, os imortais criados por Cate não são meramente humanos que duram muito tempo. Além de possuir mais resistência a doenças e etc, eles possuem uma "magia interior" conhecido como Magick. E não, eu não escrevi errado. Isso lhe dá o poder de controlar tudo ao redor, inclusive eles mesmos. Eles também fazem rituais de meditação, aprendem palavras de comando, "poções" e blás. Mas antes que isso fique com cara de macumba com um toque de HP, já aviso que é bem diferente. Das duas coisas, inclusive. Whatever, Nasty continua com seu treinamento em River's Edge, mas isso não quer dizer que ficou mais fácil. Agora ela sabe que é a única descendente de uma das mais antigas casas de imortais, como um legado, e isso a faz incrivelmente poderosa. O problema é que ela mal sabe usar esse poder para pegar o controle remoto quando está longe. Mas seu "amigo", Innocencio, sempre soube desse potencial em Nasty, mesmo nem ela própria percebendo, e nos pesadelos constantes que tinha, Incy (sim, esse é o apelido) sempre aparecia com olhos de alguém em abstinência e com todos os outros amigos mortos. Afinal, ela estava fugindo dele.  (POR QUE, NASTY? POR QUE  NÃO DEU OUVIDOS? Okay, no spoiler).


"Aconteceu mais de quatro séculos atrás, Nas. Supere."

Mas eis que todo o pouco que estava conseguindo construir na sua nova vida de rehab começa a desmoronar, já que ela se sente uma fonte de trevas e destruição e a causa de todas as coisas ruins que vêm acontecendo. Um tipo de puberdade mais sombria e acontece com pessoas acima dos 400 anos. Isso, juntando com o fato de seu "relacionamento" com Reyn que já era historicamente falando bizarro, fazem Nasty surtar de vez. 



"Eu tinha a palavra FRACASSO estampada na testa, estampada na vida."

Pausa aqui para comentar mais sobre Reyn, não tem como explicar nem como vocês entenderem até ler. Imaginem um cara à la deus viking/THOR, que primeiramente parece um estereótipo afinal, "Uma nova vida, um novo amor", mas com o tempo você vai percebendo que "OMG, personagens de YA podem ter camadas de personalidade :OO Pasmem!" É por ai.



"[...] Mas também é verdade que sempre há escolha. Não importa o quanto das trevas você é, não importa qual você pense que sua herança seja ou quão inevitável é sua queda, você sempre pode fazer a escolha de ser diferente no segundo seguinte."

Right, e é bem nesse momento de surto que Incy aparece normal como sempre e oferece a chance de Nasty sair de lá e voltar a sua vida agitada. A partir dai, toda vontade de querer que Nasty se dedicasse, toda minha preocupação com ela simplesmente se foi, afinal, ELA ESTAVA PEDINDO UMAS PALMADAS! Mas eu sei no fundo eu sei, mas não vou admitir hã-hã, que isso foi necessário para dar emoção ao livro, e cumpriu seu papel... Depois de me irritar MUITO. Enfim, Nasty cai na sua antiga vida, lê-se recaída, mas ela sente que as coisas são diferentes agora. Ela já não é a obtusa se antes, que realmente não sabia nada de nada. Agora era só é uma meio-obstusa teimosa. Ela percebe Incy fazendo coisas erradas e começa a analisar todas as histórias que passaram juntos, a ver com olhos mais atentos seu comportamento ao longo das décadas. O final do livro é totalmente carregado de ação e suspense. Você pode até saber que "É claro que ela vai sobreviver", mas é só. Incy revela que há pessoas por atrás da parte "negra" da Magick e isso faz com que eu não soubesse se ele iria morrer, se os amigos iriam sobreviver, se a ajuda da fazendo iria chegar... Imaginem uma pessoa lendo de madrugada na cama, com a luz da tela do celular (porque a pilha da lanterna acabou), tentando não fazer nenhum barulho, mas por dentro está explodindo de vários sentimentos misturados de várias maneiras? Dica: era eu.



"Você já começou a preparar alguma coisa no liquidificador e vê que sobrou um pouco para bater e não quer desperdiçar, então coloca tudo dentro dele e, quando liga, o líquido vaza completamente por debaixo da tampa? Era essa a sensação do meu cérebro. Durante a maior parte da minha vida, uma ou duas ideias ou conceitos foram apresentados a mim por ano. Como a eletricidade, por exemplo. Foi um grande ano. Mas nos últimos dois meses, tive várias revelações enormes, de balançar o chão e testar a sanidade, todos os dias. Agora, tudo estava vazando pelas minhas orelhas. Metaforicamente."

Sei que essa segunda parte ficou maior, pois 1°: eu que escrevi and 2°: eu terminei o livro faz um dia e meio e as emoções ainda estão à flor da pele! A escrita é muito dinâmica. A sensação de ter um amigo contando as loucuras que passou para você, de forma leve e descontraída ao mesmo tempo em que relata até os pensamentos mais sombrios não te deixa nunca. Sim, tudo para dizer que a autora/Nasty realmente interage com você. E é gostoso de ler. Aquele livro que te captura, faz você se sentir abduzido e só retorna a Terra NEM quando fecha a última páginas, pois eu ainda estou vivendo aquilo.



"Eu não era de verdade a garota punk/gótica de quando cheguei aqui pela primeira vez, mas também não era a pastorinha Hilda. Era um pouco das duas."

SOBRE A DIAGRAMAÇÃO DE AMBOS: As páginas são amareladas e grossas, com aquela textura aveludada <3 A letra do 1° livro é grandinha, mas a do 2° é bem menor e eu fiquei sem entender isso. E essas capas são absurdamente lindas pessoalmente! Os detalhes coloridos são envernizados, e mesmo o restante sendo emborrachado (ÓDIO ETERNO), foram elas que me chamaram atenção inicialmente. Mas ainda prefiriria as originais, yup.




"- Vocês tiveram todo aquele trabalho apenas pelo meu corpo - constatei, impressionada e muito grata.
Reyn esguei o olhar com irritação no rosto.
- É. Íamor empalhar você, como exemplo para futuros alunos.
Sorri. - Vocês podiam colocar rodinhas em mim e me levar de sala em sala.


Enfim, acho que consegui t-e-n-t-a-r explicar tudo. Aproveitem para ler nessas férias ;D




Como não sei como representar esses livros, vou apelar para as pokebolas. E essas 4 bolinhas é só para disfarçar a minha humildade em dar cinco de uma vez :P



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