segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Livros Entre Linhas: Starters



Nome do Mundo: Starters.
Outros do Mesmo Planeta: 
2°: Enders {2014 US}
3°: ??   
Dimensão: 368 páginas.
Criadora: Lissa Price.
Data de Nascimento: 
Bra: 2012./Us: 2011.
Trouxe aos Terráqueos Brasileiros: Novo Conceito.
Relatório Completo: Skoob.
Sinopse: Seu mundo mudou para sempre. Callie perdeu os pais quando as guerras de Esporos varreu todas as pessoas entre 20 e 60 anos. Ela e seu irmão mais novo, Tyler, estão se virando, vivendo como desabrigados com seu amigo Michael e lutando contra rebeldes que os matariam por uma bolacha. A única esperança de Callie é Prime Destinations, um lugar perturbador em Berverly Hills que abriga uma misteriosa figura conhecida como o Old Man. Ele aluga adolescentes para alugar seus corpos aos Terminais — idosos que desejam ser jovens novamente. Callie, desesperada pelo dinheiro que os ajudará a sobreviver concorda em ser uma doadora. Mas o neurochip que colocam em Callie está com defeito e ela acorda na vida de sua locadora, morando em uma mansão, dirigindo seus carros e saindo com o neto de um senador. Parece quase um conto de fadas, até Callie descobrir que sua locatária pretende fazer mais do que se divertir — e que os planos de Prime Destinations são tão diabólicos que Callie nunca podia ter imaginado...

*Acompanhamento: Monster - Paramore.*
Let's start?  


So, estão lembrados da onda de distopias que estava rolando até começo desse ano? Eu decidi mergulhar nesse mar e li Starters e logo após a leitura eu percebi que a maré logo iria abaixar. Por que, você me pergunta? Diferente do livro, vou tentar fazer uma resenha não tão superficial e eu não serei digna da vacina contra os Esporos se não conseguir!



Eu chamo de Autor Bipolaridade aqueles escritores que criam uma história Awesome com um desenvolvimento bem abaixo disso. Agora, eu pergunto, Por quê? As pessoas já não jogam coisas demais no lixo para desperdiçar um livro?


O que mais me incomodou no livro foi à autora citar 82193819 de vezes a tal Guerra dos Esporos sem explicar o que foi, mas afinal, O QUE FOI A GUERRA DOS ESPOROS? (percebi que vai chover perguntas nessa resenha). 

Olha, a ideia foi legal; Poucas foram às pessoas vacinadas quando os Esporos chegaram e a idade foi o principal fator de salvação, ou ruína. Todas as pessoas menores de idade ou acima de 60 tiveram prioridade em tomar a vacina por estarem na área de risco. O resultado foi todos os adultos mortos. Crianças e adolescentes tiveram de começar a sobreviver sozinhos, mesmo que isso signifique enfrentar a fome, miséria e as ruas que nunca estiveram tão perigosas. Ainda há os inspetores que perseguem os Starters como se houvesse cartazes de 'Procurados'. Se há outra opção? Bem, existem orfanatos onde quem for pego é levado, mas lá o tratamento é digno de presidiários.



Renegados correndo em direção a meu carro. Cinco deles, com correntes e canos de metal nas mãos e ódio nos olhos.”


 Se ficar o bicho pega se correr o bicho come, right? 


Brigas por apartamentos abandonados e duelos até a morte pelo pouco de comida ainda disponível. E por serem considerado jovens, nenhuma pessoa com menos de 20 conseguia emprego. Exceto pelo único trabalho disponível. O mundo agora é controlado pelos Enders, que são coroas quase bicentenários, mas possuem mais energia que muito jovem hoje em dia (Você mesmo que está ai atrás do monitor nessa vida de sedentário. Um apoio? Estamos juntos!), além de pensarem em coisas além de bingo e tricotar. 


Mas há um problema: Por mais que façam cirurgias e passem quilos maquiagem, na velhice extrema cof nada mais é a mesma coisa de quando tinham a idade da outra metade  dos sobreviventes. Foi ai que decidiram unir a desgraça da vida dos jovens com a vontade de ter a idade deles, com uma pitada de egoísmo, corse. E é agora que nossa felizarda protagonista entra.


"Vender o corpo" nunca teve um significado tão ao pé da letra.

Prime Destinations. Grave bem esse nome se deseja ler ao livro, pois você poderá colocar a culpa de tudo que acontecer nela (inclusive do único fator que deixo a história emocionante).  Callie, toda vez que penso nela lembro a sua personalidade TÃO... (suspiro), robótica. Parece que foi feito para ser controlada por outra pessoa. Hey você que é escritor, sabe quando você cria um personagem e de repente, ele é que te guia para conhecê-lo melhor? A autora nem deu o trabalho de programá-la para isso. Whatever, Callie vive com seu irmão caçula Tyler que tem 7 anos, mas age como se tivesse uma idade mental menor que a minha, e com Michael, uma incógnita para o desenrolar do livro, ou seja, teve tanto importância quanto eu me importa com a matemática. Right, Tyler tem problemas nos pulmões e sem remédios, sua morte é eminente. Mas como comprar algo que custa uma fortuna se nenhum deles pode trabalhar. E com esse desespero clichê em mente que Callie resolve assinar o contrato e deixar algum Enders literalmente entrar em sua mente e controlar seu corpo a seu bel prazer. 
 
Será que a Cinderela chegara a cogitar a possibilidade de confessar a verdade para o príncipe na noite em que se divertira com o belo vestido de baile? Será que chegara a penar em dizer que, ah, por falar nisso, Príncipe, a carruagem não é minha, sou apenas uma criada suja e descalça e essa aparência não vai durar muito tempo?”


Sabe aquela bendita comparação com Jogos Vorazes, bem, não foi só por ser distopia, há MUITA semelhança mesmo. Spoilers mode on here: Katniss passando pela transformação para entrar na Arena... Callie tendo de virar uma modelo para alguém a escolher... Rue, uma garotinha que gera comoção pela sua morte... Uma menina da mesma idade que se sacrifica por Callie... No final das contas a culpa é de quem está no poder, seja A Capital ou Prime Destinations. Spoilers mode off here: Coisas desse tipo.

Well, Callie tem de passar por 3 hospedagens, com pequenos intervalos entre elas para poder ver seu irmão com a saúde cada vez mais debilitada. Porém, quanto tudo estava okay, há uma interferência na última conexão e ela acorda no meio de uma balada, sem fazer ideia do que estava acontecendo. Em momentos assim, gostei de como a autora me fez ter o mesmo conhecimento de Callie e por ela ir atrás das respostas, não me senti perdida e sim curiosa com a nova situação.



Uma tontura forte tomou conta de mim, como se alguém houvesse me girado dez vezes ao redor de mim mesma. Como aconteceu com Alice quando perseguia o coelho, eu senti que caía em um buraco negro e profundo.”


Enfim galerinha, o livro assim como as explicações são bem superficiais. Os personagens aparecem apenas para cumprir seu devido propósito, e permitir que sejam conhecidos não é um deles. 


Blake também não foi alguém que me agradou, mas também não é bem ele que conhecemos.


Já Helena, a última hospedeira de Callie,  foi alguém que valeu a pena ter na leitura. Mas vejam bem, foi muito sinistro ler um livro onde boa parte dele é rodeado por pessoas que tem mais de 100 anos, até hoje não consigo por essa ideia totalmente em mente, (ao contrário dos Enders que conseguem colocar suas ideia na mente de alguém, se é que entendem). Pois bem, Helena tem uns 150 anos e foi o fator que mais contribuiu para as reviravoltas. Afirmo com precisão que foi quem realmente AGIA na trama. Ela tentou fazer (não de modo malvado) as pessoas como peões para ela conseguir impedir um desastre mundial, mas a relutância, principalmente de Callie, acabou fazendo-a tomar xeques-mates. The Old Man, para os terráqueos brasileiros apenas Velho (olha que emocionante), é um mistério até perto do fim parte das implicações começa a fazer sentido. EU DISSE PARTE.



Ela já está codificada de acordo com suas impressões digitais. Helena pediu que eu o fizesse.
Olhei para as pontas dos meus dedos. Haveria alguma coisa no mundo que ainda fosse verdadeiramente minha?”


Chega de Blás, é o seguinte: Não conseguir adorar o livro devido as suas falhas, pontas soltas e péssima apresentação de tudo. O final realmente ficou mais emocionante, mas passou aquela sensação da autora ter segurado o que era para ser um campo minado de surpresas, lançou uma única bomba e antes da poeira abaixar para vermos o que ela ocasional, o livro acaba, (e a sensação de 'valeu a pena' misturado com decepção surge). Quero sim ler Enders, seja lá quando que virá para esse lindo país tropical, (amo o frio, sou uma ET, xoxo).

Como a própria autora não explica direito a própria história, não há muita coisa a ser falada, ou digitada, claro claro. A sorte que é bem rápido de ler, mas faço isso por sua própria conta e risco... DE NÃO TER SEU TEMPO DE VOLTA.

Rapidinha: A Diagramação está ótima e é um conjunto completo, páginas amareladas e bom tamanho de letras e espaçamentos.


Extras:

°Uma coisa legal que li na resenha da Livy do No Mundo Dos Livros, foi a simbologia dos nomes. Os jovens são chamados de STARTers e os idosos de ENDers, sacaram?

°Gostei do processo de como os Enders entram na mente dos jovens. Eles retiram toda sua memória e armazenam em outro lugar. Depois que tudo termina, retiram o parasita de sua mente e te põe de volta no eixo. Bizarro, I know.

°Na Bienal São Paulo de 2012, na estande da Novo Conceito tinha um señor livro Starters que me deu muita vontade de subir e escorregar XD.

 E representando a nota 3 seringas, pois robôs são clichês demais.

  



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